Na última quarta-feira quatro times brasileiros foram eliminados da Libertadores. Três deles, Cruzeiro, Fluminense e Inter, de forma surpreendente, por terem feito um bom resultado no jogo de ida e por possuírem equipes de melhor qualidade técnica do que o adversário.

O Cruzeiro, time de melhor campanha na Libertadores e dono do melhor futebol jogado no Brasil e na América do Sul neste ano (até agora), caiu diante do Once Caldas por 2x0, em casa, no resultado mais surpreendente de todos. No primeiro jogo, fora de casa, os mineiros haviam vencido por 3x1.

O Inter, que arrancou um empate com o tradicional, mas decadente, Peñarol, por 1x1, fora de casa, sucumbiu em pleno Beira-Rio diante dos uruguaios. Perdeu por 2x1, de virada, dando adeus ao sonho do tricampeonato. Seu rival, Grêmio, que já havia perdido em casa para o Universidad Catolica, foi derrotado novamente no Chile e ficou de fora, como esperado.

Já o Fluminense causou a maior decepção do ano à sua torcida, perdendo por 3x0 para o Libertad, fora de casa, após ter conquistado ótima vantagem no jogo de ida, ao bater o adversário por 3x1. O campeão brasileiro jogou muito mal, muito retrancado, e foi derrotado de forma merecida pelos paraguaios, superiores em todo o confronto.

Os tricolores e muitos outros times não aprendem uma lição. Quem entra em campo para não perder, retrancado, invariavelmente perde. O ambiente do clube com a nova presidência é péssimo. Já saíram Muricy, Belletti e Emerson. Deco pode ser o próximo. O Flu seguiu o mesmo roteiro do Fla no ano passado. Campeão brasileiro, nova presidência, ambiente em barril de pólvora, jogadores saindo pela porta dos fundos, fracasso no Carioca e na Libertadores.

O time de guerreiros parece que só joga bem sob pressão, para alcançar resultados improváveis estatisticamente. Quando tem a vantagem, não sabe usufruir dela, como neste caso do Libertad. Falta equilíbrio a este Fluminense. E, sem equilíbrio, não se tem conquistas de forma constante.

A eliminação dos brasileiros fez a festa dos gozadores profissionais de plantão e dos rivais: