Quem passou na BR-101 ontem, no trecho de Campos a Macaé, viu ainda várias marcas da tragédia que vitimou o vereador Renato Barbosa.

No local do acidente, uma curva antes do trevo que liga a BR-101 à Carapebus e Conceição de Macabu, no sentido Rio de Janeiro, há a grande marca da frenagem do caminhão que colidou com o Pálio de Renato.

Olhando o local, para um leigo, fica difícil entender a explicação inicial do motorista do caminhão de que o Pálio invadiu a pista. A tangência da curva é para lado contrário ao sentido em que ia o Pálio. Ainda que o motorista dormisse, o carro não invadira a pista. Cairia para a ribanceira, sozinho.

Obviamente, a perícia técnica saberá definir qual condutor causou o acidente. E, qualquer que seja a causa, ela não mudará os fatos já ocorridos.

Outras marcas visíveis são os postes (seriam estacas?) tombados na ribanceira; o caminhão localizado no posto logo a seguir, em frente ao trevo, com a cabine avariada localizada em cima de sua carroceria; e o Pálio do vereador, localizado no posto da Polícia Rodoviária Federal, próximo a Ururaí.

Quem vê o carro, ao lado das ambulâncias do Resgate da OHL, tem a dimensão da violência da colisão, que tirou de Campos um pouco do seu bom futuro político. Pendurado no banco do Pálio, o paletó, necessário para a dupla jornada de trabalho do vereador.

Colisões como estas, frontais, violentas e fatais, seriam evitadas se a duplicação da BR-101 já tivesse ocorrido. Ainda que a concessionária OHL não tenha esta obrigação, é necessário um movimento político e da sociedade civil para que a duplicação aconteça antes de 2.021. Senão, continuaremos a contar vítimas fatais.