BR-101, terra de ninguém: momentos de terror e pânico - Relato 3
04/08/2018 21:31 - Atualizado em 04/08/2018 21:37
Segunda-feira foi publicada aqui a nota "BR-101, terra de ninguém", retratando as péssimas condições de segurança da rodovia, que expõem a graves riscos campistas e usuários que ali trafegam, em especial no trecho existente entre os kms 307 e 309, a "Terra de Ninguém" situada ao lado do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
A onda de assaltos na BR-101 não para, atingindo vários campistas que trafegam na rodovia. Segue abaixo o terceiro relato que chegou até a mim, para que outros campistas tenham conhecimento do que vem acontecendo na BR-101 em direção ao Rio e para cobrar dos responsáveis medidas para garantir a segurança na rodovia.
O terceiro relato, do médico Demétrio, que ia de Campos para o Rio no dia 05 de maio, um domingo, onde iria trabalhar. Ele saiu de Campos por volta de 19h30. Em torno de 22h00, na altura do km 283, ele iria subir o Viaduto de Duques, no primeiro acesso a Itaboraí, quando foi abordado por vários assaltantes armados. Confira:
"No sábado de 05 de maio de 2018, saí de Campos, por volta das 19h30, com destino ao Rio de Janeiro, onde iria trabalhar no domingo.
Por volta das 22h00, na altura de Itaboraí, na primeira entrada, logo após passar um radar de 60 km/h e chegar ao início da subida do Viaduto de Duques, me deparei com uma caminhonete S10 atravessada e obstruindo toda a via.
Logo que fui parando meu carro fui rendido por mais de 6 assaltantes, todos armados. Destes, 3 ou 4 vieram para cima de mim, apontando suas armas. Tive roubado meu carro e todos os pertences pessoais, levando carteira, celular, mala, etc....
Graças a Deus não sofri nenhuma agressão física e estava sozinho sem minha mulher e filhos. Dois minutos depois deles irem embora levando tudo que eu tinha passou um carro da Polícia Militar e me "resgatou", me levando para registrar queixa na Delegacia.
Acabei recuperando meu carro um dia depois, em Itaboraí. Ele foi abandonado, batido em um poste, na entrada de uma comunidade. Uma menina da comunidade teria tentado dirigir o carro, perdido o controle, atropelado uma cicilista e batido no poste.
Após recuperar o veículo, o trouxe para Campos, onde fiz os vários consertos necessários. Com desgosto, vendi o carro para trocar por outro, gerando grande perda material.
Infelizmente estamos abandonados totalmente pelo poder público e pela concessionária que administra a rodovia, não há segurança alguma, pagamos uma fortuna de impostos, várias praças de pedágio e estamos entregue a própria sorte.
Nem blindar um carro de maneira adequada nos é permitido, afinal a blindagem que o governo nos autoriza a fazer não é capaz de proteger tiros de fuzil, arma comum na mão dos assaltantes de hoje.
Fica aqui meu relato, espero que alguém do poder público possa nos ajudar e fica aí a reflexão para as próximas eleições."

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Christiano Abreu Barbosa

    [email protected]