Pastor diz que Cabral pediu cinema
03/11/2017 21:55 - Atualizado em 04/11/2017 13:39
Sérgio Cabral
Sérgio Cabral / Divulgação
A defesa do pastor Carlos Alberto de Assis Serejo, da Igreja Batista do Méier, no Rio de Janeiro, afirmou que o ex-governador Sérgio Cabral convenceu o missionário a assinar um termo de doação de equipamentos eletrônicos para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. A suposta doação foi usada para justificar a instalação de um “cinema” na unidade prisional.
De acordo com o advogado Heckel Garcez Rodrigues Ribeiro, Cabral chamou seu cliente após um culto. “O detento expôs a necessidade de que um representante de instituição religiosa assinasse documento de doação de alguns equipamentos eletrônicos (TV, DVD e Home Theater) que, segundo Cabral, já estavam no local, a fim de legitimar o uso destes pelos presos”, destacou. O advogado disse ainda que Sérgio Cabral argumentou que o diretor da unidade teria alegado que o uso dos equipamentos só seria possível se uma doação fosse oficializada. Ele ressaltou que o material seria de uso coletivo.
O presidente da igreja, pastor João Reinaldo Purin Jr, disse que ninguém além dele poderia assinar qualquer coisa em nome da igreja e afirmou ainda que os membros envolvidos foram afastados e suspensos.
O advogado do ex-governador, Rodrigo Roca, afirmou que a informação é falsa e que a nota apresenta uma série de contradições. Para Roca, o ex-governador “se tornou o lugar-comum como depositário das mazelas do que acontece no Estado do Rio de Janeiro” e que ele não teria interesse no convencimento do pastor a assinar qualquer documento. (A.N.)

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