Polícia solicita mandado de prisão de suspeita de matar empresária em Macaé
Ana Laura Ribeiro 21/11/2017 13:31 - Atualizado em 22/11/2017 14:21
Raquel Melo Mota
Raquel Melo Mota / Reprodução - Facebook
Esperada para esta terça-feira (21), a apresentação da suspeita de ter matado a facadas a empresária Raquel Melo, 39 anos, durante uma briga de trânsito, nesse sábado (18), em Macaé, não foi confirmada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil. O comandante do 32º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Marco Vollme, afirmou, mais cedo, que a mulher havia se apresentado na 123ª Delegacia de Polícia (Macaé) na manhã desta terça, na companhia de um advogado. Uma coletiva de imprensa foi marcada para esta quarta-feira (22), quando o delegado titular, Filipi Poeys, vai apresentar resultados da investigação, que está sendo realizada em sigilo. Filipi solicitou mandado de prisão, que ainda não foi expedido.
O marido da vítima, Vanderson Fernandes, ficou grande parte do dia em frente à 123ª DP, aguardando a suspeita de apresentar, como havia sido anunciado. “O ser desprezível vai se apresentar amanhã (terça) na 123 DP. Não saio de lá antes de ver ela atrás das grades. Passo a noite lá se preciso for. Quero olhar nos seus olhos e perguntar por que fez isso com a minha rainha”, diz uma publicação de Vanderson em sua rede social.
A suspeita, que é de Fortaleza, no Ceará, foi funcionária da Câmara Municipal de Macaé, deixando de prestar serviços na Casa no dia 31 de dezembro de 2016. O órgão, por meio de nota, informou que “se solidariza com os familiares e amigos da vítima”. Em sua cidade e também no Rio de Janeiro, segundo a polícia, a suspeita já teria respondido a outros processos criminais, um deles, o de Fortaleza, em trâmite na 4ª Vara do Tribunal do Júri, que julga crimes contra a vida. A ação seria por lesão corporal contra outra mulher. Já na Justiça do Rio, ela assinou um termo circunstanciado após responder processo por exercício arbitrário das próprias razões (justiça com as próprias mãos). O caso também ocorreu em Macaé.
O crime — Segundo testemunhas, Raquel se envolveu na discussão após ter buzinado quando a suspeita avançou o sinal e fechou o carro em que ela estava. Durante a discussão, a suspeita teria pegado uma faca e golpeado Raquel três vezes antes de fugir. Um dos golpes atingiu o tórax e perfurou o pulmão da vítima. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Público de Macaé, mas não resistiu aos ferimentos.
O crime abalou o município e deixou a família consternada. Pelas redes sociais, o marido de Raquel, Vanderson Fernandes, também empresário — proprietário de uma empresa de transporte executivo —, compartilhou uma foto apontando uma mulher conhecida da sociedade de Macaé de ser a responsável pelo crime. Numa das postagens o marido se diz inconformado com a morte da esposa, por um motivo fútil.
Raquel junto ao marido
Raquel junto ao marido / Reprodução - Facebook
“Estou sem chão, mas quando isso tudo passar eu vou achar a pessoa que fez isso com você, meu amor. Sempre te amarei, levo você comigo no peito pelo resto da minha vida meu amor. O ser desprezível vai se apresentar amanhã na 123ª DP, não saio de lá antes de ver ela atrás das grades. Passo a noite lá se preciso for. Quero olhar nos seus olhos e perguntar por que fez isso com a minha rainha”, diz trecho da publicação de Vanderson.
O casal, além das atividades empresariais, participava de atividades ligadas à filantropia. Vanderson e Raquel eram integrantes do grupo “Amigos Palhaço”, que visita hospitais, asilos e instituições de caridade, buscando levar um pouco de alegria para crianças enfermas, ‘velhinhos’ e pessoas carentes.
O corpo de Raquel foi sepultado nesse domingo (19), no cemitério de Rio das Ostras. Ela deixa uma filha de 13 anos.

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