Torquato e Pezão se falam pela primeira vez após crise
03/11/2017 21:02 - Atualizado em 04/11/2017 13:37
Luiz Fernando Pezão
Luiz Fernando Pezão / Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro da Justiça Torquato Jardim e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) trocaram mensagens pela primeira vez após as polêmicas declarações de Torquato, acusando alguns comandantes de batalhões da Polícia Militar de serem “sócios do crime organizado no Rio” e, ainda, de Pezão e o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá, “não comandarem a PM”. Também nesta sexta-feira, o ministro Edson Fachin foi escolhido como relator no Supremo Tribunal Federal (STF) da ação movida pelo Governo do Estado para que Jardim esclareça o que disse.
Segundo Pezão, Torquato explicou que as declarações não foram institucionais. “O ministro Torquato explicou que suas declarações refletiam uma posição pessoal dele. Ele também explicou que o problema nessa área não era apenas no Rio, mas de todo o país; e que por se tratar do Rio fica mais acentuado. Foi uma posição dele. Não sei em que circunstâncias”, disse o governador, complementando que o caso não vai atrapalhar a relação com o governo federal.
Em viagem oficial a Portugal, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que existem muitas verdades na fala do ministro. “Acho que ali dentro tem muita verdade, mas não sei se é uma verdade que deveria estar na imprensa. Não sei se deveria estar restrita aos órgãos de investigação da esfera federal para que a gente possa desmontar essa vinculação que possa existir entre a polícia e o crime organizado. Acho que se Torquato fosse analista, se ele fosse professor da PUC ou da UFRJ, seria uma ótima entrevista. Um diagnóstico até com muitos acertos”, declarou.

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