O prefeito de Campos, Rafael Diniz, e representantes da Caixa Econômica Federal (CEF) se reuniram na manhã desta sexta-feira (17), para a apresentação da emenda parlamentar do deputado federal Paulo Feijó, destinada à reestruturação do Hospital Geral de Guarus (HGG). Totalizando as emendas do deputado do PR já liberadas e as que ainda serão enviadas ao município, Campos receberá, até o próximo ano, R$ 30.029.043,00 para investimentos em diversas áreas, com prioridade para a saúde.

A partir da semana que vem, a Prefeitura contará com R$ 4 milhões para reformas do Hospital Geral de Guarus. O dinheiro será liberado pela Caixa Econômica à medida que as obras forem executadas. Para a unidade hospitalar, também foi destinado R$ 1,5 milhão para a aquisição de equipamentos. Do valor total das emendas, R$ 10.521.108,00 serão investidos no reinício das obras do Hospital de Hemocentro de Campos, dentro do Hospital Ferreira Machado (HFM).

Rafael Diniz destacou o trabalho coletivo, "grande saída para enfrentarmos este momento", das equipes envolvidas para a realização do processo. O prefeito afirmou que o deputado Feijó é um grande parceiro de sua gestão:

— Já foram várias emendas. A última delas, nós lançamos juntos, inclusive com a presença de vários vereadores. Ele conseguiu cinco carros mais equipamentos para a nossa secretaria de Desenvolvimento Humano e Social. E, hoje, estamos aqui para apresentar uma emenda já empenhada do deputado. O dinheiro já está liberado: aproximadamente R$ 4 milhões para a reforma do HGG. Temos um discurso muito transparente sempre. Parece que, com R$ 4 milhões, você vai reformar o HGG todo. Mas não é isso. Pelo tamanho do HGG, precisaríamos de mais dinheiro. Mas este volume, que está entrando através do deputado Paulo Feijó, vai nos ajudar, e muito, para fazermos as principais reformas do nosso querido Hospital Geral de Guarus.

Feijó também apontou como fundamentais o trabalho da equipe técnica da Prefeitura de Campos e a maturidade do prefeito, que deu continuidade a projetos e obras iniciados em gestões passadas, como a construção do Hemocentro.

— Foi uma obra iniciada — pessimamente iniciada — no governo passado. O projeto do Hemocentro começou errado. Contrataram uma empresa sem tradição no ramo. Até hoje, a gente sofre com isso. Aí, Rafael se deparou com essa situação financeira difícil, de grande porte. E eu apelei muito e continuo apelando. Essa obra é fundamental para Campos e região. E é uma emenda de R$ 10,5 milhões de reais. Só agora, nesta parceria, nós vamos colocar R$ 30 milhões em Campos, mas temos que ter cuidado para não falar que os R$ 30 milhões já estão na conta da Prefeitura — alertou. O deputado ressaltou que todos os municípios enfrentam crises sem precedentes devido a dificuldades municipais, estaduais e federais. "Só restam as emendas parlamentares", disse.

Superintendente regional da Caixa Econômica, Denis Matias afirmou que não basta ter acesso à emenda e buscar o recurso, mas é necessário haver o aproveitamento, que acontece na aprovação (a partir da apresentação de peças técnicas de qualidade) e na sequência: a chegada das melhorias à população. "Nós somos agentes públicos e temos esse dever de empresa pública, parceira estratégica do governo brasileiro, para fazer uma emenda como essa, do Ministério da Saúde, para que ela aconteça de fato. A população quer, efetivamente, um Hospital Geral de Guarus melhor, com equipamentos melhores e atendimento de qualidade. Esse é todo o nosso empenho. Foram dias de muito trabalho. A equipe da Caixa está à disposição da Prefeitura para que a gente tenha celeridade e o melhor projeto possível para fazer, o quanto antes, esse benefício chegar à população", disse.

Em 2018, Campos receberá R$ 7 milhões a partir de emendas impositivas. Destes, R$ 4,5 milhões serão investidos na área da saúde; R$ 1 milhão, na agricultura; e R$ 1,5 milhão em esportes. A previsão é de que os recursos estejam disponíveis até junho. Ainda neste ano, com recurso extra do Ministério da Saúde, R$ 5 milhões serão encaminhados para unidades de saúde municipais do Farol de São Thomé, da Saldanha Marinho, de Guarus, de Santo Eduardo, de Travessão e, também, ao Hospital São José (HSJ), na Baixada Campista.

No mesmo dia, o Hospital Geral de Guarus foi alvo de reclamações sobre faltas de equipamentos.