Justamente no dia em que o HGG que, além da obra inacabada, há anos vem sofrendo com falta de equipamento e sendo alvo de denúncias severas de parentes de pacientes, assina para receber a verba que começará a tornar a unidade um ambiente de progressão da saúde, chega também uma nova reclamação. Em contato com a Folha, Luciana Silva Guimarães contou que o sogro, de 61 anos, deu entrada na unidade na última quarta, por volta das 20h, com esclerose múltipla e infecção urinária. Segundo ela, somente às 02h foi colocado em uma maca e passou por exames. Ela disse ainda que ele teria ficado sem almoço e que depois de procurarem, em vão, uma assistente social, uma nutricionista informou que o nome dele não teria sido passado à cozinha e que não seria mais possível prover a refeição.

Luciana falou ainda da dificuldade em conseguir o equipamento para os pacientes. Um homem chegou a se contorcer de dor no chão, sem atendimento.

A diretoria do Hospital Geral de Guarus (HGG) informou que não procede a informação de que existem pacientes dormindo no chão. Existem pacientes em macas baixas, de ambulâncias, quando não há macas hospitalares disponíveis em número suficiente. Em relação à demora para conseguir maca o hospital, é em virtude da grande demanda que os hospitais públicos municipais acabam absorvendo, mas os pacientes são acomodados em cadeiras até que macas sejam disponibilizadas. Em relação à informação de falta de alimentação e água, não houve nenhuma reclamação na direção sobre isso. Falta de medicamentos ocorrem de forma pontual.