Reflexões Sobre o Desenvolvimento Sócio-Político-Institucional e Econômico com Dr. Auner Carneiro, Abrindo a Boca para Marco Barcelos
10/11/2017 20:25 - Atualizado em 10/11/2017 20:32
1 – Dr Auner Carneiro, coordenar um grupo de pesquisa Interinstitucional de Desenvolvimento Municipal e Regional requer uma carga de comprometimento extra muito grande. Quais são seus maiores desafios para tornar as pesquisas uma realidade?
R: Desculpas Sistêmicas;´´Não tenho tempo, não tenho recursos``, as pessoas que nos cercam não tem entendimento e experiência, o sistema universitário ainda está num modelo tradicional de frequência de aulas, fazedores de provas e gincana de diplomas.
Apoio Institucional – Comprometimento de Gestão Universitária com dedicação de pesquisadores, recursos estruturais e financeiros.
Disposição política para cumprir e fazer cumprir as deliberações da política pública voltada ao desenvolvimento científico e tecnológico.
Filosofia e aspectos teórico e metodológico influenciadores do sistema de ciência e tecnologia no Brasil com a emulação de padrões de decisão.
2 – Dr. Auner Carneiro, a nossa região, vem atravessando a pior crise econômica da sua história. Existe alguma pesquisa que possa aquecer o mercado de trabalho a nível técnico e superior?
R: Não concordo com esta mídia de ´´CRISE ECONÔMICA`` a crise é natural e moral. Quem não está preparado, sempre será engolido pelos desafios de mercado. Mercado não é uma coisa estável. (Não devem confundir mercado com comércio). Temos inscritos 50 projetos de egressos, estudantes em diferentes níveis de estudos universitários, mestres, doutores e pós-doutores, além de iniciativas de lideranças comunitárias que estão em funcionamento e sem propaganda. Não há dependência Hierárquica ou submissão de proposições no Grupo.
Cada autor é responsável pela caminhada de seu trabalho e de seus resultados. Cada projeto tem a sua culminância no crescimento e desenvolvimento de propostas para resultados em empregabilidade e ampliação do mercado.
Eles estão sendo apreciados em eventos e congressos nacionais e internacionais.
3 – Dr Auner Carneiro, quais são as linhas de pesquisa do grupo de pesquisa GRIDMR?
R: Art. 8º - O Grupo organiza sua atividade através da estruturação das Linhas de Pesquisa :
1. Cientificidade e Incubadora Tecnológica de empreendimentos para o Desenvolvimento harmônico, integral, solidário e sustentável.
2. Desenvolvimento Municipal: Relações entre desenvolvimento urbano e meio rural.
3. Gestão do Conhecimento e Tecnologias Sociais em TICs para o Desenvolvimento Regional.
4. Planejamento e estratégias de gestão pública voltada ao desenvolvimento municipal/regional.
O grupo é registrado desde 2004 no CNPq
<http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4534441364617297>
Normas do grupo e as linhas de pesquisa, bem como os objetivos e justificativas. Normas do Grupo de Pesquisa Interinstitucional de Desenvolvimento Regional.UENF-UNIFLU-CNPQ – “GPIDMR”
TÍTULO I – DO GRUPO DE PESQUISA
Art. 1. Constitui o Grupo de Pesquisa – GPIDMR, o conjunto de professores-pesquisadores, pesquisadores, estudantes, técnicos e lideranças comunitárias que se organizaram, sob a liderança e coordenação acadêmico-científica e intelectual de 1 ou 2 integrantes do quadro docente do Centro Universitário Fluminense – UNIFLU.
4 – Nosso município é historicamente agrícola, com o cultivo da cana de açúcar, mas com a chegada da Petrobrás tomamos outro rumo. Na sua avaliação quais pesquisas de sustentabilidade que podemos fazer para diversificar nossa economia?
R: Situação: Não tomamos rumo, acompanhamos a moda indicada adrede.
Problemas: Qual é o Plano Regional e Municipal de investimento?
Você pode até ouvir falar na obrigatoriedade de plano diretor, mas onde está o plano de investimentos a curto, médio e longo prazo?
Condições: São quatro grandes áreas de pesquisa e inovação, extensão e cultura com responsabilidade Sócio-Ambiental-Institucional Sustentável para novos investimentos:
- Baixadas, praias, porto e montanhas, o que você conhece de planos de investimentos reais nestas áreas?
- Projetos especiais em foco:
No dia 27 de novembro, pela manhã das 8:30 às 11 horas e à noite das 19 às 21 horas , vamos realizar o XII seminário de avaliação de projetos de pesquisa e extensão, no auditório do UNIFU- Direito, com entrada franca e inscrições pelo e-mail: <[email protected]> Certificado de horas complementares.
5 – Dr Auner Carneiro, nosso município se tornou um polo universitário do estado com os mais diversos cursos. Como podemos integrar a sociedade civil com os universitários, levando maiores esclarecimentos dos nossos direitos, saúde, economia e educação?
R: Não sei se é polo universitário. Temos a presença de IES de diferentes tendências com ótimas oportunidades de estudo, porque Campos dos Goytacazes, nos últimos 30 anos, fora as IES pioneiras e campistas encontraram aqui um excelente “canteiro de possibilidades”, como agora é o projeto do porto do Açu.
Em 30 anos quais foram as grandes mudanças e transformações reais para a maioria da população?
“Mais empregos, elevou o nível de remuneração dos trabalhadores, melhorou o desempenho dos indicadores de escolaridade, ampliaram as oportunidades democráticas de acesso às IES, diminuíram os índices de criminalidade, aumentou o desempenho na saúde, o acesso à moradia, os partidos, as igrejas e as escolas influenciaram as famílias para melhor desempenho de cidadania... O primeiro distrito está cheio de bloqueios de ruas em comunidades, trânsito embolado, contabilidades criativas” ...são as notícias na folha da manhã.
No âmbito de parcerias público-privadas, as IES com o discurso da pesquisa e inovação extensão e cultura com responsabilidade social-ambiental-institucional sustentável, não recebem incentivos para atuação pontual com o envolvimento delas nos focos comunitários de dependência e submissão social.
Existem algumas intervenções acanhadas e focadas em políticas que perpetuadas pelo setor público incentivam pela displicência na manutenção histórica do ´´status quo``.
No mínimo no município existem 90 focos de miserabilidade, dependência sócio econômica e sustentabilidade histórica da mesmice ideológica alienada.
Do tipo: “por favor, não morram todos os pobres, fiquem alguns para o ano que vem , senão como vamos fazer campanhas de caridade dependente?”
Mudanças e transformações, na prática ínfimas, dado o porte do fenômeno que se arrasta desde a quebra do sistema escravagista imperialista campista.

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