TRF decide pela prisão de Picciani, Paulo Melo e Albertassi
16/11/2017 14:17 - Atualizado em 16/11/2017 18:17
Por unanimidade, os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiram nesta quinta-feira (16) pela prisão preventiva e afastamento dos mandatos dos deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB), atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF) na operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato no Rio. O primeiro a votar foi o relator Abel Fernandes Gomes, que teve o voto seguido pelos desembargadores Messod Azulay Neto, Paulo Espírito Santo, Marcelo Granato e Ivan Athié. A desembargadora Simone Schreiber faltou. Pela decisão do colegiado, assim que forem expedidos os mandados de prisão, o que aconteceu nesta tarde, os parlamentares devem ser imediatamente presos. A manutenção da decisão, porém, ainda será analisada pela Alerj.
Segundo Abel Gomes, as ações dos deputados “fogem ao limite do republicano”, sendo movidos pelo dinheiro, usado como "contrapartida para os parlamentares estarem à disposição de grupos específicos”. Para o desembargador, a decisão do colegiado deverá ser submetida à Alerj, que vai decidir se a mantém. Na edição desta quinta, o jornal O Globo informou que já existiria um acordo (aqui) para derrubar a decisão do TRF, caso fosse (como foi) desfavorável aos deputados.
A expectativa é que a Alerj receba um ofício do TRF em até 24 horas. A partir daí, a Casa deverá convocar a sessão extraordinária e poderá reverter a decisão de prisão e afastamento de mandato. A procuradora regional da República Silvana Patini foi taxativa quanto à possibilidade de a Alerj rever a prisão preventiva. “A Alerj pode até derrubar a prisão, mas tem que manter o afastamento dos deputados. Caso isso não aconteça, a PRR [Procuradoria Regional da República] vai recorrer novamente. É uma decisão histórica para enfrentar o crime organizado”, pontuou.
Os parlamentares são suspeitos de favorecer interesses de empresários no Estado, entre os quais representantes do setor de transporte público e empreiteiras, em troca de propina.
Com informações da Globo News, G1, O Dia e do portal Uol

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    Arnaldo Neto

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