Machadada: embargos são retirados de pauta
01/11/2017 19:09 - Atualizado em 01/11/2017 19:09
Após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) manter a condenação de primeira instância a oito anos de inelegibilidade, a contar de 2012, da prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PP), do vice Alexandre Rosa (PRB), do ex-prefeito Neco (PMDB) e do vereador Alex Firme (PP), na ação originada da operação Machadada, as defesas impetraram embargos de declaração que estavam previstos para análise nesta quarta-feira (1). Porém, à tarde, antes da sessão, os embargos foram retirados de pauta. O blog entrou em contato com a assessoria do TRE para saber o porquê da mudança, mas não teve resposta até o momento da publicação.
Vale lembrar que o julgamento dos embargos deve ser o último movimento do processo na Corte estadual e ainda caberá recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, a ação não altera o resultado do pleito de 2016, uma vez que os registros de candidatura foram expedidos antes da condenação. Caso a sentença seja mantida até a última instância, Carla, Alexandre, Neco e Alex ficariam impedidos de concorrer nos pleitos de 2018 e 2020.
A operação Machadada foi deflagrada em 3 de outubro de 2012. O grupo governista, liderado à época pela então prefeita Carla Machado, que está novamente no cargo, foi acusado de abuso de poder e cooptação ilícita de nomes da oposição, oferecendo vantagens financeiras indevidas e cargos na administração pública municipal. Ao sair de um comício, já na madrugada, Carla e Alexandre chegaram a ser presos pela Polícia Federal e levados para a delegacia de Campos. Pela manhã, após pagamento de fiança, eles foram liberados. A denúncia foi impetrada pelo Partido da República, a coligação “São João da Barra vai mudar para melhor” e o então candidato a prefeito Betinho Dauaire (PR).

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Arnaldo Neto

    [email protected]