Reações às declarações de ministro
31/10/2017 22:14 - Atualizado em 31/10/2017 22:14
O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB), repudiaram, nessa terça-feira, declarações do ministro da Justiça Torquato Jardim sobre o comando da Polícia Militar no Estado. Segundo o blog de Josias de Souza, do site UOL, o ministro da Justiça acredita que o Governo do Rio não está conseguindo controlar a situação. Ainda de acordo com o UOL, o ministro disse que comandantes de batalhões da PM “são sócios do crime organizado no Rio”. Nesta quarta-feira está prevista reunião entre Pezão e comandantes de batalhões.
As declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, causaram reação, também, entre os oficiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Um grupo foi até o quartel-general da corporação, no centro da capital, exigir uma resposta firme do comandante-geral, Wolney Dias. Alguns oficiais ameaçaram até entregar os postos.
De acordo com o site Uol, o ministro considera que o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário de Segurança, Roberto Sá, “não controlam a Polícia Militar”. Para ele, o comando da PM no Rio decorre de “acerto com deputado estadual e o crime organizado”.
No início da tarde, Pezão divulgou nota repudiando as declarações: “O governador Luiz Fernando Pezão afirma que o governo do estado e o comando da Polícia Militar não negociam com criminosos, ressaltando que ‘o comandante da PM, coronel Wolney Dias, é um profissional íntegro’. O governador destaca ainda que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, nunca o procurou para tratar do assunto abordado pelo ministro na entrevista concedida ao UOL. Pezão frisa também que as escolhas de comandos de batalhões e delegacias fluminenses são decisões técnicas e que jamais recebeu pedidos de deputados para tais cargos”.
Já Picciani divulgou vídeo, chamando o ministro de mentiroso e dizendo que o Governo Federal não faz sua parte. Afirmou, ainda, que a Alerj não tem influência sobre a Polícia e manifestou apoio tanto à PM quanto à Civil. (S.M.) (A.N.)

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