A partir de 1965, com os militares no poder, foi criada uma garupa na eleição de vice prefeito e de vice-presidente da República. No plano municipal, Rockfeller de Lima foi o último vice-prefeito de Campos empossado com os votos próprios. Isto em 1962, numa eleição em que o médico Barcelos Martins elegeu-se prefeito travando memorável embate com Ferreira Paes.
No plano nacional, João Goulart, o Jango, desempenhou o cargo de vice-presidente da República eleito duas vezes em disputas independentes. Ser vice-presidente naquela época implicava fazer campanha e ser eleito nominalmente, tal qual o presidente da República.
A partir de 1965, o vice passou a acompanhar o candidato a prefeito, a governador e a presidente da República. O eleitor passou a votar em bloco e assim permanece até hoje. Em 2014, por exemplo, a chapa vencedora foi Dilma-Temer.
A vitória dos dois é questionada. Mas se a chapa foi beneficiada por recursos ilícitos, supõe-se que a punição, se assim a Justiça Eleitoral decidir, deve ser aplicada aos dois, e não a um ou ao outro.
A tese dos advogados de Temer de que as contas da campanha deveriam ser separadas parece simplista. Afinal, ele recebeu os mesmos votos (54,5 milhões) dados a Dilma que resultaram na vitória de ambos.