A Febre Amarela e a vacinação das pessoas idosas - controvérsias.
José Geraldo 21/03/2017 11:51 - Atualizado em 21/03/2017 11:54
A febre amarela é sim, uma doença grave e bem letal. Na Etiópia nos anos 60, entre 100.000 pessoas infectadas, 30.000 morreram. Portanto, não dá para brincar com ela. A taxa de mortalidade varia entre 5% e 40% das pessoas infectadas, segundo publicações científicas. Segundo boletim divulgado pelo ministério da Saúde nessa terça feira, (14), este ano o Brasil já teve 234 casos confirmados de febre amarela com 80 mortes (34 %) ( g1.globo.com), o que confirma a alta mortalidade da doença.
Todas as vezes que surgem situações de riscos à saúde pública, como agora, os governos, nas três esferas, correm pra trazer as soluções e/ou paliativos para a população. Aconteceu assim com a doença da vaca louca, com a gripe asiática, com a dengue, a meningite e outras de riscos aparentemente graves. Quase todas por falta de ações eficazes e investimentos públicos preventivos no Brasil
E também, todas as vezes, as mesmas correrias culturais da população em imensas filas nos Órgãos Públicos que são disponibilizados para atender às demandas e as suas impossibilidades estruturais para isso. Mas, prevalece a cultura ansiosas das filas, ao invés do planejamento das pessoas para não sofrerem desnecessariamente nelas, ainda que saibam que tais campanhas serão mais longas do que o simples amanhã.
MAS, O QUE FAZER COM AS PESSOAS IDOSAS ???
A questão que trago aqui para a reflexão, é quanto à não vacinação das pessoas com mais de 60 anos, SEM QUE TENHA UMA AVALIAÇÃO MÉDICA AUTORIZATIVA para receberem a vacina da febre amarela, que pode ser fatal à TODAS as pessoas e de qualquer idade e de qualquer grupo de riscos. E isto porque, em tese, tais pessoas idosas ou não, apresentariam mais riscos de sofrerem com a vacina, do que se não vacinarem. Até aí é compreensível.
Só em Campos, deveremos ter próximo de 30 % da população, de pessoas idosas, o que representa algo entorno de 180.000 idosos. Imagine se todos essas pessoas tiverem que serem atendidas por médicos da rede pública ou mesmo privada? Quantos anos demoraríamos, só em Campos?
As campanhas públicas assim, pouco informam sobre essa dificuldade, e na própria página do Ministério da Saúde, nada fala sobre os impedimentos aos idosos e como resolverem concretamente a situação que se colocam, de riscos. Assim, podem ser contaminados sim, e virarem difusores do vírus entre os não vacinados.
Existem ainda as dúvidas sobre a qualidade dessas vacinas e da credibilidade de suas origens internacionais, quando não produzidas pela FIOCRUZ, até porque a ANVISA não tem a credibilidade pública e nem mecanismos eficazes de controle de qualidade desses lotes importados. E aí o povo corre todos os riscos, inclusive de contrair enfermidades decorrentes de suas eventuais baixas imunidades do organismo, fatos quase impossíveis de saber.
Mas vamos considerar que todas essa 180.000 pessoas, só em Campos pudessem serem atendidas por médicos. Estes médicos, de sã consciência poderiam atestar apenas numa simples anamnese da consulta, se aquele paciente está ou não, em condições seguras de receber a vacina??? Se o paciente tem ou não doenças mórbidas e pré-existentes e impeditivas??? Se o paciente é alérgico à proteína do ovo ou da gelatina, ou se tem alguma imunossupressão congênita ou não??? Correriam tal risco ao avaliarem o custo/benefício da indicação???? Penso que não, ainda que saibamos que raramente esses profissionais respondam por suas erradices nos Tribunais.
Numa postagem despretensiosa que fiz na minha timeline do Facebook, percebi pelas respostas, que muitas dúvidas do público acima dos 60 anos ainda não foram suficientemente esclarecidas pelas autoridades à população, senão poucas recomendações de como procederem.
Como você ou o Poder Público pode encontrar um ponto médio nessa situação entre o risco calculado e a eventual perda das vidas ao não vacinar, ou tentar fazer o que acham ser o certo, mas sem estrutura para tal?
Em situações anteriores e similares, o risco sempre ficou com a população, que paga o preço da incapacidade estrutural da Saúde Pública no país. Nunca investiram o suficiente.
Como em regra, o Poder Público não é consistente e transparente o suficiente nas informações, se você quer saber mais antes de tomar a decisão de vacinar, ou de orientar o que fazer, pode acessar o link : HTTPS://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/vacina-febre-amarela-amarela-idoso/.
Com a palavra, se quiserem, para os esclarecimentos necessários à população que não se deixa levar como simples manada, os infectologistas cidadãos e os do Pode Público local.
E VOCÊ, IDOSO OU IDOSA, O QUE IRÁ FAZER ?

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