Picciani: Nada temia, nada temo e não tenho porque temer o delator
30/03/2017 16:25
Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), conduzido coercitivamente pela Polícia Federal na operação Quinto do Ouro, deflagrada na quarta-feira (29), Jorge Picciani (PMDB) fez um pronunciamento sobre o caso na tarde desta quinta (30), no parlamento do Rio. Picciani disse que está totalmente à vontade para presidir a Casa, acrescentando que não cometeu nenhuma irregularidade. Ele contou que na Superintendência da PF foi questionado sobre a tramitação da utilização de verbas do fundo do Tribunal de Contas do Estado no pagamento de alimentação de presidiários e menores detidos no Degase.
— Fui procurado pelo ex-presidente Jonas, agora delator. Ele me informou que verbas do fundo do TCE poderiam ser utilizadas na compra de alimentação de detentos do sietma penitenciários e jovens presos no Degase. Aprovado pela Alerj, foi feito um entendimento entre o TCE e o Governo. Na delação, ele admitiu ter cobrado15% das empresas fornecedoras escolhidas. Ele também alegou que eu facilitei esse processo. Disse mais: afirmou que o coronel Erir, secretário de Administração Penitenciária, pedindo ajuda porque o secretário de Fazenda não pagava a comida e estava preocupado porque poderia haver uma rebelião. Não tenho nada a ver com isso — afirmou Picciani, acrescentando que sempre foi contra à utilização dos fundos de outros poderes no auxílio ao Governo do Estado.
Picciani disse, ainda, ter sido questionado se sabia que 1% de qualquer obra acima de R$ 5 milhões era destinado aos conselheiros. Ele também negou. “Nada temia, nada temo e não tenho porque temer o delator”.

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    Arnaldo Neto

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