Precisa Acontecer Alguma Coisa
24/01/2017 10:40 - Atualizado em 24/01/2017 10:40
Por Fernando Leite Fernandes
 
 
Toda vez que algo muito contundente acontece e assusta a sociedade, como o recente “acidente planejado”, como bem disse meu amigo, Sergio Provisano, que matou o ministro do STF, Teori Zavascki, a poucos quilômetros da aterrissagem, no aeródromo de Paraty, surgem das suas ilhas de conforto, a voz estridente dos “democratas” reafirmando que o regime é sólido o suficiente para reagir aos trancos e tamancos.
 
Mas, não vou tratar, especificamente, do dossiê “Teori”. Quero falar de outra coisa ainda muito mais grave que o infortúnio do ministro.
 
Quero abordar a Democracia, “o melhor dos mundos” para o Capitalismo imoral.
 
A Democracia é narcisista. Ela se olha no espelho das vitrines de Wall Street e repete à exaustão, “como sou bela, leve e fácil. Todos me adoram e ninguém ousa falar mal de mim. Mesmo os mais sofridos me defendem com a vida, se preciso”. Desde os gregos é assim. Sou uma invenção deles. Cinco séculos antes de Cristo. No curso da história, muitas revoluções foram feitas em meu nome.
 
Agora, uma confederação internacional de organizações não governamentais, a Oxfam, com sede no Reino Unido, paraíso do Capitalismo “democrático”, divulgou um levantamento sobre as maiores fortunas do Mundo e chegou à conta fácil e visível: apenas 8 bilionários detêm fortunas, que somadas chegam ao que ganham 3 bilhões e 600 milhões de trabalhadores espalhados pelo planeta. Isso só é possível porque a “Democracia ocidental e cristã”, no seu aspecto mais amplo, é seletiva.
 
Na Democracia, você pode tudo, desde que tenha dinheiro suficiente para pagar. Assim é na Saúde, Educação, Entretenimento e que tais. O que os democratas não dizem diante desta verdade estarrecedora e criminosa, é que a Economia é única e que só há 3 bilhões e 600 milhões de pobres porque existe a concentração da riqueza nas mãos de, apenas, 8 magnatas. São faces distintas da mesma moeda.
 
Ora direis, então o melhor é o comunismo e seu paredão assassino, a riqueza concentrada nas mãos do Estado, a miséria do povo? E vos pergunto: é diferente o paredão comunista dos paredões disfarçados das grandes cidades, dos hospitais sucateados, da escola que deseduca? Mas, não é isso. As fórmulas do Capitalismo selvagem e do comunismo de chumbo estão esgotadas. As vítimas vagam pelas periferias do Mundo, é preciso acontecer alguma coisa nova em Gaya, nossa mãe terra. O nome é o que menos interessa, se capitalismo fraterno ou socialismo solidário. Talvez, uma casa acima desta dicotomia: o humanismo!
 
Antes que seja tarde demais.
 
(FLF)

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