Somos Brasil, somos o espírito olímpico
Suzy 21/08/2016 21:44
[caption id="attachment_21816" align="aligncenter" width="300"]Rio de Janeiro - Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (   REUTERS/Fabrizio Bensch/Direitos Reservados) - Agência Brasil Rio de Janeiro - Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã - Agência Brasil[/caption]   Artigo publicado na edição de hoje da Folha da Manhã: Somos Brasil, somos o espírito olímpico Somos mesmo o melhor do Brasil e as Olimpíadas da vida estão aí para não me deixarem mentir. Que povo consegue passar pelo que passamos e ainda manter um sorriso no rosto e uma piada sempre pronta para nos fazer rir de nós mesmos? Levantamos peso, corremos (e como corremos) atrás de um trabalho, apostamos na maratona da busca por saúde, enfrentamos desafios, aplicamos golpes de esgrima com maestria na crise econômica, nadamos 100, 200, 300, 1.000 metros, com ou sem revezamentos, em meio ao mar revolto da política brasileira. Remamos contra a maré todos os dias e, quando chegamos ao destino, ofegantes, colocando “os bofes para fora”, ainda assim fazemos aquela cara bonita para foto. Traduzimos o espírito olímpico como ninguém: Insistimos mesmo sabendo que vamos perder (ou já perdemos), acreditamos no impossível, seguimos em frente, ainda que tenhamos tropeçado. O pódio é importante, porém, primordial é estarmos nessa competição estranha e intensa chamada vida. Os jogos Olímpicos Rio 2016 só comprovaram o que sabíamos na prática: Choramos, reclamamos, criticamos, mas também sabemos festejar como ninguém. Torcemos por um Brasil de ouro, mas não desvalorizamos uma prata ou bronze. Sabemos superar desafios e a falta de oportunidades. Por isso, todo nosso aplauso às meninas do futebol. O quarto lugar foi medalha, pela garra e pela raça. E chegar à quarta colocação sem apoio, em um país machista, em que a mulher ainda é relegada a segundo plano, com aquela garra e com aquela força de vontade, é um feito e tanto. Nosso aplauso a Diego Hipólito, que superou preconceito e as insinuações constantes sobre sua vida particular. Que superou derrotas, que superou as ofensas e carimbou seu nome na história com a medalha de prata. Nosso aplauso a Isaquias Queiroz, três vezes medalhista na Rio 2016. Nosso aplauso ao “cara da vara”, Thiago Braz, que venceu, nos proporcionando um dos maiores momentos zueira das Olimpíadas: O chororô do francês Renaud Lavillenie. Nosso aplauso a todos os atletas brasileiros, mostramos na Rio 2016, o quanto estamos evoluindo no esporte e o quanto ainda precisamos de apoio para evoluir mais. Ah, e por último, nosso aplauso a Galvão Bueno. Ops, ele não é atleta? Mas duvido que teríamos chegado ao ouro se ele (e toda a imprensa) não tivesse reagido de maneira indignada e exacerbada ao jogo do Brasil contra Iraque, não tivesse dado um “chega-prá-lá” na Seleção brasileira. Esse é, também, o espírito olímpico: Indignar-se, mostrar ao outro que pode ser melhor do que se acredita. Um dos textos mais interessantes que li nessas Olimpíadas foi no facebook de Cristina Lima, que tomo a liberdade de compartilhar porque simboliza bem nós, os brasileiros: “AVISO AOS ESTRANGEIROS Vaiamos qualquer atleta que seja nosso adversário. Torcemos até para juiz brasileiro. Batemos palmas para qualquer atleta de verde e amarelo (até para os australianos). Acompanhamos o pôr-do-sol. Vamos vaiar sempre qualquer atleta argentino, só pela curtição; mas depois nos abraçamos e tomamos umas geladas juntos. A vaia não é desrespeito; é incentivo para os mais fracos!!!. Amamos o biscoito “Globo” e odiamos que falem mal dele. Torcemos sempre para o país mais fraco. “Americanos”, uma das poucas coisas que funcionam bem aquí, é a Polícia Federal; então, tomem cuidado. Temos dívidas milionárias, mas esquecemos de todas ao ver um atleta entre os 5 melhores do mundo. Bronze para nós vale ouro; Prata para nós vale ouro; e Ouro é delírio!!! Xingamos nossos jogadores da seleção de futebol, mas depois do terceiro gol, eles voltam a ser os maiores do mundo. Só nós podemos falar mal de nossos atletas. ‘Alemães’, estamos com o 7x1 engasgado... ‘Franceses’, não chorem, não chorem ... visitem o Cristo Redentor que passa... Não temos incentivo no esporte, não temos saúde digna, nem políticos honestos, mas mesmo assim nossos atletas fazem milagres... Os índios colonizados já deram show de medalhas nos colonizadores, ora pois, pois. RESUMINDO: Isto aqui é Brasil! Não use com moderação. Aqui tem coração! SOMOS BRASILEIROS COM MUITO ORGULHO e COM MUITO AMOR!!!” 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷 (Autor desconhecido)

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    Suzy Monteiro

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