Reproduzo abaixo o texto do blog Opiniões, de Aluysio Abreu Barbosa, que vem acompanhando atentamente, e muito bem, o desenrolar dos últimos fatos pirotécnicos da Saúde de Campos. Se o assunto não fosse tão grave, mexesse com vidas, seria para rir. Infelizmente, é para chorar. Para saber tudo o que vem acontecendo na Saúde de Campos - que está à beira da morte, confira aqui.  

Decisão dada agora há pouco pelo juiz Elias Pedro Sader Neto, pela 1ª Vara Cível de Campos, após comunicação do promotor estadual Leandro Manhães do descumprimento judicial da prefeita Rosinha Garotinho (PR), ao tentar tomar o controle da Santa Casa de Misericórdia de Campos, devolve o controle do maior hospital conveniado do município à junta interventora que havia sido nomeada por intervenção judicial. A decisão suspende administrativamente qualquer efeito de decreto municipal 272/2001, numa ação pirotécnica que só teve alguma efeito prático durante dois dias. Nesse curto período de controle municipal, a ação acabou desmoralizada desde ontem, quando a Santa Casa teve que devolver quatro pacientes, sem condições de tratá-los por falta de recursos, vindos no dia anterior do  Hospital Ferreira Machado (HFM) e Hospital Geral de Guarus (HGG), que novamente ontem foram flagrados pela reportagem da Folha com doentes amontoados em macas nas filas dos corredores. Além disso, fornecedores de próteses, carne, leite e quentinhas da Santa Casa, também ontem, anunciaram a suspensão d manutenção dos serviços, por temerem abertamente não receber do hospital sob controle do governo Rosinha. A ação de retomada da Santa Casa deve ocorrer nos próximos minutos, assim que o oficial de justiça tiver posse do novo mandato judicial. Também com apoio policial, como Rosinha desfilou na terça, ao lado do também promotor estadual Marcelo Lessa, a ação de retomada de hoje vai retirar do hospital todos da Prefeitura que lá se encontrem indevidamente. A orientação policial é de prender qualquer eventual rosáceo que oferecer resistência ou se negar a cumprir essa emblemática vitória do poder Judiciário sobre o Executivo de Campos dos Goitacases. Enquanto Rosinha tomou a Santa Casa na terça para ser dela saída na quinta seguinte sob força da lei, ridículo à parte, um dado bem mais lamentável: uma senhora transferida pela Prefeitura à Santa Casa para tentar justificar a pretensa ação de força da terça, não suportou a doença, mais seu agravamento pela locomoção pouco recomendada, e morreu.