Renata Campos é a maior liderança do PSB, diz presidente do partido
Alexandre Bastos 18/08/2014 14:21

O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, disse nesta segunda-feira que a mulher de Eduardo Campos, Renata, se transformou na maior liderança do partido. "Depois de Miguel Arraes e Eduardo Campos, a maior liderança do partido é Renata", afirmou, na abertura do encontro de partidos da aliança do candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Os cerca de 5 mil presentes começaram a gritar em seguida: "Renata vice". "Temos que seguir o desejo de Eduardo e eleger o presidente, o vice-presidente e o governador do estado", afirmou emocionado. Renata, que faz aniversário nesta segunda, chegou ao evento acompanhada do filhos e foi saudado com o canto de parabéns

Ontem (17), políticos do PSB comentavam que, passado o enterro, todos os olhos se voltarão para Renata, cuja opinião será fundamental na escolha do candidato a vice que vai compor a chapa presidencial, que será encabeçada por Marina Silva. Na reunião com representantes da aliança de Campos em Pernambuco, a expectativa é que o teor da fala que Renata deverá ditar os rumos dessa escolha. O encontro, convocado por ela mesma, foi interpretado como uma demonstração de que assume a responsabilidade em dar continuidade ao projeto político do marido.

Segundo integrantes da cúpula do PSB, três opções são consideradas. A primeira, mas tida como menos provável, é que Renata chame para si a missão de compor a chapa. Apesar de ter se tornado objeto de especulações em São Paulo, há algumas dificuldades. A primeira é o fato de Renata ser auditora do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. É preciso estar licenciada do cargo três meses antes das eleições para poder entrar na disputa. Além disso, avalia-se que, apesar de ela ser um “quadro político”, filiada ao PSB há anos e com forte discernimento político, sua atenção está voltada para os cinco filhos, um deles com sete meses.

Na segunda hipótese, Renata pode indicar a preferência por algum nome que, mesmo não estando entre aqueles defendidos pela cúpula do partido, ganhará força. A terceira possibilidade é que Renata abdique de influenciar a escolha e use a reunião para tratar apenas da eleição local, um gesto em apoio a Paulo Câmara, candidato ao governo do estado escolhido por Campos.

Fonte: O Globo 

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