Lindbergh tem contas rejeitadas
Alexandre Bastos 12/06/2014 12:34

As contas de 2009 do então prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias (PT), foram rejeitadas pela Comissão de Orçamento da Câmara Municipal. Ciente da decisão do Legislativo, o candidato petista ao governo do estado contestou as supostas irregularidades apontadas na gestão de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Para o petista a decisão tem "dedo do PMDB".  "É mais uma vergonha patrocinada pelo PMDB estadual. Querem ganhar no tapetão", disse o senador. Ele tem um prazo de 15 dias para se manifestar após a notificação. Caso o relatório final seja aprovado com a rejeição, o senador corre o risco de ficar inelegível. Por meio da assessoria, o governador Pezão informou que não iria se manifestar.

Lindbergh argumentou que as contas de sua administração como prefeito já foram aprovadas pelos órgãos de controle e pela Câmara Municipal, em 2012. O petista governou de 2004 a 2010 Nova Iguaçu, quando renunciou para se candidatar a senador. A sua vice, Sheila Gama (PDT), assumiu e em 2012 perdeu a eleição para Nelson Bonier (PMDB), adversário de Lindberg. Atualmente o município é comandado por Bornier, que tem maioria folgada na Câmara Municipal.

Em abril deste ano, com o PMDB à frente da prefeitura e da Câmara, foi aprovado um decreto anulando as contas do ex-prefeito. Na época, foi alegado que ocorreram irregularidades na sessão, em 2012, que aprovou as contas de Lindbergh. A partir daí, a Comissão de Orçamento iniciou nova análise e apresentou o parecer prévio recomendando a rejeição das contas de 2009.  A Comissão é presidida pelo vereador Marquinhos da Tia Megue, também do PMDB. Entre os motivos apresentados para rejeição das contas, estão o desvio de recursos do Fundeb no valor de R$ 25 milhões, e ilegalidades no contrato celebrado entre a prefeitura e a empresa Eco Consultoria, em dezembro de 2009, para prestação de serviços de informática no Hospital da Posse e na Maternidade Mariana Bulhões.
Segundo a comissão, este contrato foi considerado ilegal pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que já oficiou o Ministério Público Estadual para tomar as devidas providências. “Isso é uma aberração, que não tem fundamentação lógica nem jurídica. É uma ilegalidade, que apenas desmoraliza a Câmara de Nova Iguaçu. Eles já tentaram isso outras vezes e foram derrotados na Justiça, como vai ocorrer novamente”, afirmou Bruno Calsat, advogado de Lindbergh. Fonte: O Dia 

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