Meninas de Guarus: 1.700 dias após escândalo, Roberto Henriques fala em CPI
Alexandre Bastos 16/04/2014 17:50

Cerca de 1.700 dias desde a publicação da primeira notícia sobre o terrível escândalo de pedofilia em Campos, o deputado estadual Roberto Henriques (PSD) criticou a inércia das autoridades competentes e a lentidão do processo que se arrasta há cinco anos. Segundo o parlamentar, os juízes do município estão se dando por impedidos de atuar no caso, tardando ainda mais a conclusão do inquérito. “Se em duas semanas o Poder Judiciário não atuar, vamos colher assinaturas e instalar uma CPI para investigar o caso das Meninas de Guarus. Não podemos deixar que esse caso pavoroso fique sem uma conclusão”, afirmou Henriques.

O deputado considerou o caso pavoroso e um festival de omissões, seja por parte do Ministério Público, antes da nomeação da promotora Renata Felisberto, dos Conselhos Tutelares subsequentes à instauração do inquérito e todas as outras autoridades que já passaram pelo caso.

Henriques aproveitou também para, mais uma vez ,cobrar do presidente da Comissão de Direitos Humanos, o deputado estadual Marcelo Freixo, uma posição mais condizente com as demais adotadas por ele em casos de violações de Direitos Humanos. “Não senti um empenho do deputado Marcelo Freixo. Não senti o mesmo empenho que ele adota em outros casos que atua nesta casa”, explicou Henriques.

O Caso das Meninas de Guarus tornou-se conhecido através de uma série de reportagens veiculadas por revistas, jornais e blogs de Campos que denunciavam uma rede de pedofilia e prostituição no bairro de Guarus que culminaram com a morte de duas meninas. O inquérito foi instaurado em 2009 e até hoje ninguém foi indiciado. A primeira matéria foi publicada pela Folha da Manhã em 2009.

Além de Henriques, outros políticos já tentaram abrir a "caixa preta" do caso. Porém, ficaram apenas nos discursos...

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