PT do Rio pede que secretários deixem o governo
Alexandre Bastos 27/01/2014 14:22
[caption id="attachment_22133" align="aligncenter" width="500"] Encontro entre o governador Sérgio Cabral e o presidente estadual do PT Washington Quaquá, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Marcos Tristão/O Globo[/caption]

Após participar de um encontro no Palácio Guanabara com o governador Sérgio Cabral (PMDB) nesta segunda-feira (27), o presidente do PT no Rio, Washington Quaquá, pediu que os dois secretários do partido que integram a gestão peemedebista peçam logo exoneração e não esperem a decisão partir do governador. No fim da tarde, a Executiva estadual da sigla faz reunião para formalizar essa determinação para os dois ocupantes do primeiro escalão e para os demais petistas.

Ao chegar para a reunião, Quaquá carregava um envelope com uma lista de 200 filiados que estão abrigados no governo Cabral. Mas, segundo ele, o número de petistas na administração estadual pode ser maior, mas não mais do que 400. A listagem está menor porque não pegou aqueles que estão há mais tempo nos cargos. Segundo o presidente do PT-RJ, Cabral não informou quando começarão as exonerações. Atualmente, o PT ocupa as secretarias de Ambiente, com Carlos Minc, e Assistência Social e Direitos Humanos, com Zaqueu Teixeira "A determinação do PT é que seja feita a exoneração imediata deles, por ato dos próprios petistas do governo. Vamos fazer uma reunião dizendo isso", afirmou Quaquá, depois de se encontrar com Cabral.

O PT do Rio decidiu que sairia do governo Cabral no dia 28 de fevereiro, mas sábado o peemedebista enviou um email para Quaquá dizendo que exoneraria os petistas no próximo dia 31. Segundo o petista, o texto era cordial. Cabral afirmou ao presidente estadual do PT que queria recompor seu governo. Cabral não se pronunciou sobre o encontro com Quaquá. O PMDB de Cabral quer lançar o vice-governador Luiz Fernando Pezão e o PT do Rio banca a candidatura do senador Lindbergh Farias, o que gerou atrito entre os dois aliados.

Antes do encontro, Quaquá declarou que o partido não adotará uma postura agressiva na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) porque está de saída. Depois da conversa com o governador, ele reiterou que ficou estabelecido o entendimento de não troca de acusações entre PT e PMDB: "Há o entendimento de não haver agressão gratuita. É óbvio que mesmo numa eleição sempre há uma estocada ou outra. Mas a campanha não pode ser um tom de agressão entre os partidos da base do governo federal", disse o petista.

O presidente do PT do Rio disse que não haverá problemas em ver a presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição, subindo nos palanques dos candidatos cujos partidos integram a base do governo. No Rio, além de Lindbergh, Dilma teria os palanques de Pezão e de Marcelo Crivella (PRB), atual ministro da Pesca. Há ainda a pré-candidatura do deputado Anthony Garotinho, do PR, partido que integra a base do governo federal. "Óbvio que o presidente Lula e a presidente Dilma são filiados ao PT. Nós vamos usar muito esse legado do nosso governo", declarou Quaquá.

Fonte: O Globo 

 

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