Em novembro do ano passado, um paciente do centro Johns Hopkins, nos EUA, recebeu um marca-passo cerebral, como parte de estudo que deseja verificar se os estímulos elétricos enviados pelo aparelho para o cérebro podem melhorar a memória e desacelerar a perda cognitiva de pessoas com Alzheimer.
O aparelho, que já foi testado em pacientes com depressão e Parkinson, deve ser implantado em 40 pessoas que sofrem com Alzheimer durante este ano.
Ao ser implantado, o marca-passo envia ao cérebro cerca de 130 pequenas faíscas de eletricidade por segundo, sem perturbar o usuário. Os responsáveis pela pesquisa afirmaram que, mesmo que o aparelho não tenha o efeito esperado, ele irá ajudá-los a entender melhor o funcionamento da doença no cérebro - e, por consequência, tratamentos mais eficientes.
Estimulação cerebral profunda já é usada para tratar pacientes com Parkinson, epilepsia e transtorno obsessivo-compulsivo. Os pesquisadores estão explorando o seu uso em outras condições, incluindo a obesidade. Em cada caso, os eletrodos são inseridos em diferentes regiões do cérebro, dependendo da terapia pretendida. No ensaio para a doença de Alzheimer, o dispositivo é colocado numa região do cérebro envolvida na aprendizagem e na memória.
Fonte: MIT Technology Review