Justiça determina que Garotinho retire imagens de secretário
Alexandre Bastos 18/05/2012 14:53
Do R7:

A Justiça determinou que o deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR) retire de seu blog imagens e informações sobre o secretário estadual da Casa Civil, Regis Fichtner, e sua esposa, Helena Fernandes. O prazo dado pela juíza Simone Chevrand, da 25ª Vara Cível do Rio, é de duas horas a partir do momento em que Garotinho receber oficialmente a notificação.

A medida, emitida em caráter liminar, atende ao pedido de Regis Fichtner, que entrou com uma ação indenizatória por danos morais. Em caso de desobediência, o ex-governador terá de pagar multa de R$ 500 mil. A assessoria do deputado disse que ele voltou de Brasília no fim da tarde desta quinta e seguiu para uma reunião na Região dos Lagos. Até as 21h30, a assessoria desconhecia qualquer comunicado da Justiça a respeito das imagens.

As imagens publicadas no blog de Garotinho são acompanhadas de uma série de informações que atacam o secretário da Casa Civil, acusando-o de manter uma empresa imobiliária dentro da própria casa e de adquirir farmácias. Segundo o deputado, Fichtner teria usado dinheiro público desviado para obter os bens.

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Garotinho fala em censura — Segundo Garotinho, aliados do governador estão tentando censurar o seu blog. "O desespero do governador Sérgio Cabral e de seus auxiliares diante da comprovação pública de farras no exterior, enriquecimento, recebimento de propinas, tráfico de influência no governo, favorecimento de secretários e parentes, além de outras irregularidades os tem levado a optar pela censura ao invés da negação dos fatos. Nenhum dos fatos que revelei foi contestado ou desmentido, apenas eles não querem que mais pessoas tomem conhecimento dos seus atos injustificáveis', disse o deputado.

"Sou deputado federal" — "Com todo o respeito à magistrada que ainda nem sei qual é, alguém precisa alertá-la que sou deputado federal e o que diz o artigo 53 da Constituição do Brasil: 'Os deputados federais e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos'", frisou Garotinho.

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