Feliz 2012!
Alexandre Bastos 30/12/2011 22:39

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Aos leitores que acompanham o blog, desejo um 2012 maravilhoso. Que no próximo ano tenhamos mais debates e menos embates, mais diálogos e menos monólogos, mais paciência e menos intolerância, mais respeito e menos imposições. Que os adversários travem o bom combate e que o exemplo do maestro Jony William inspire todos nós. Com determinação, fé, trabalho e disciplina ele levou a Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, formada por jovens campistas, ao no Carnegie Hall, nos Estados Unidos.

Para completar essa última postagem de 2011, aí vai um belo texto do saudoso Artur da Távola.

Se você pensa que sabe; que o ano novo mostre o quanto não sabe. Se são sempre os outros que são isso e aquilo; que o ano novo ensine a olhar mais para você mesmo. Que o ano novo ensine que não existe ano novo para a natureza. É tudo um fluxo só. O mundo não sabe que o ano mudou. A gente é que o supõe para abastecer o farnel das esperanças combalidas. Para a natureza, o novo é cada estação, primavera, verão, outono, inverno. Aí tudo muda. O único ente da natureza que comemora o ano novo é o homem. A vida é substantiva, nós é que somos adjetivos. Já viu flor comemorando o ano novo? Então modere a sua comemoração. De qualquer maneira, feliz ano novo.

Se você pensa que viver é horizontal, unitário, definido, monobloco; que o ano novo ensine a aceitar o conflito como condição lúcida da existência. Tanto mais lúcida quanto mais complexa. Tanto mais complexa quanto mais consciente. Tanto mais consciente quanto mais difícil. Tanto mais difícil quanto mais grandiosa. Felicidade é disponibilidade com paz; que o ano novo ensine a aproveitar os raros momentos em que ela surge.

Que o ano novo nos ensine, a todos, a dizer as verdades nunca na hora da raiva. Que desta aproveitemos a forma direta e simples pela qual as verdades se nos revelam por seu intermédio; mas para dizê-las depois, quando os bloqueios voltam e é mais cômodo "deixar pra lá". Que a lucidez da raiva guardada para depois, quando ganhar a dimensão da calma mas perder a energia agressiva, sirva para expressar nossas franquezas com carinho e cordialidade.

E se ano novo não existe, exceto na imaginação da gente e se nesta tudo é possível, então que ele sirva para transformar tudo em Verbo. Como no princípio. Pois do jeito que o mundo vai, dá vontade de apagar e começar tudo de novo.

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