Hoje na Curva: Sandy danadinha
Suzy 10/08/2011 23:54
E Sandy, quem diria. Se rebelou. Ou, quem sabe, se revelou. Ela vestida na Playboy está provocando mais comentários e discussões do que Adriane Galisteu pelada. E não é para menos. A sempre tão santinha (juro que imaginava até hoje que ela era virgem, mesmo casada com Lucas Lima) pôs da lingüinha de lado e soltou o verbo em uma entrevista que está – literalmente – está dando o que falar. Se Sandy, com aquela carinha, acha muito bom aquilo (não vou falar o que porque de repente tem criança lendo), sonha em ir a uma casa de swing e gosta de filmes pornôs que mulher mais vai poder dizer o contrário? Aliás, a parte do filme pornô, ela faz questão de ressaltar que gosta daqueles sem enredo. Está certa. Quer ficar pensando muito em filme assiste outro, tem Woody Allen e Almodóvar por aí. Não que o que ela tenha dito foi algo de outro mundo. Faz tempo que a mulherada se liberou e diz o que quer e quando quer. Diz também quando não está bom – para terror dos homens – mas não fica mais “fazendo graça” para alguém rir. A sexualidade liberada desde a época do sutiã queimado em praça pública, na década de 60, até podermos entrar sem medo em um sex shop, termos a consciência do direito de falar “sim” ou “não”, vai um longo tempo. Longo, mas proveitoso. Crescemos profissionalmente, socialmente, sexualmente, conseguimos nossa independência. Claro que ainda falta bastante. Somos presidente do país, de empresas, advogadas, médicas, faxineiras, mas ainda somos nós que temos que nos virar para cuidar das crianças, da casa, dos nossos idosos. O parceiro homem – fora raras exceções – continua sendo um coadjuvante nesse processo, o que faz com que tenhamos jornadas duplas, triplas de trabalho, sem contar com todas as cobranças que vem juntas. Pode parecer inacreditável, mas ser mulher num mundo que é impossível sem elas, não é fácil. Até mesmo a sexualidade liberada, às vezes, é mal compreendida pelos homens: “Ela não faz isso? Tem outra que faz” “Ela faz? Será que faz com todos. Será que ela tem outros?”. Isso torna muitas relações ainda mais instáveis. Por motivos diversos, Sandy, sempre tão sem-sal, quis mostrar um tempero especial. Não é mais uma garotinha, com a imagem moldada na pureza inimaginável na vida real, quanto mais no brilho da arte. Imagem, aliás, que quiseram imputar a Wanessa Camargo e ela se apressou em desfazer. Jogada de marketing ou não, Sandy fez da entrevista sua própria queima de sutiã. Está se libertando, como estamos todas nós, nas batalhas do cotidiano.

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    Suzy Monteiro

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