Respeito e Criatividade do IFF Campus Centro Virou Notícia
diomarcelo 17/07/2011 16:04
Todos nós sambemos que regime militar assombrou o Brasil por aproximadamente 20 anos, mas sabemos também que não conseguiu inibir a criatividade dos artistas dá época, não inibiu a boa vontade com o país, daqueles que tinham suas liberdades limitadas pelo regime, e o que tem haver o IFF com esta introdução, prefiro crer que quase nada mesmo, somente o drible as dificuldades encontradas no caminho do Campus centro, Mas grande parte da comunidade do campus caminha junto ( comportamento, que faz muito tempo que não vejo) lançando mão da criatividade e da boa vontade em reposicionar o campus cada vez mais no cenário nacional de referência em educação, mostra disso podemos ver hoje nas páginas da Folha da Manhã!!! Desde sendo recebo telefonemas e mensagens falando que nós, o IFF Campus centro, hoje viramos noticia na imprensa local, mais precisamente do suplemento de cultura e comportamento do Jornal Folha da Manhã. A matéria jornalistica fala sobre a descoberta arqueológica ( tomara que não caiam muitas críticas sobre mim pelo uso errado ou não do termo) de um quadro ainda intacto de uma aula de física de aproximadamente 20 anos, gente eu estudei tudo aquilo que estava no quadro, talvez eu tenha assistido aquela aula, quanta emoção, falo sério!!! Vou colocar mais pimenta nas apostas do autor ainda desconhecido, acho que é uma das brilhantes aulas do professor Rogério Nascente!!!! Como diz a slogan de Afif Domingos no final dos anos 80, “Juntos chegaremos Lá” tenho certeza disso!!! Vejam aqui no print que dei da página ou caso prefira entre no site da folha da manha www.fmanha.com.br       A notícia do quadro , me deu uma sensação, de ter estado ali naquele momento, logo lembrei de uma passagem de Ferreira Gullar ao encontrar uma fotografia aérea em uma arquivo de uma revista que trabalhava, que retratava a sua cidade natal na época de sua infância, como era de se esperar virou uma poesia!!! Abaixo em audio(Ferreira Gullar) ou texto: http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/porelemesmo/audio/fotografia.rm

Uma fotografia Aérea

Eu devo ter ouvido aquela tarde um avião passar sobre a cidade aberta como a palma da mão entre palmeiras e mangues vazando no mar o sangue de seus rios as horas do dia tropical aquela tarde vazando seus esgotos seus mortos seus jardins eu devo ter ouvido aquela tarde em meu quarto? na sala? no terraço ao lado do quintal? o avião passar sobre a cidade geograficamente desdobrada em si mesma e escondida debaixo dos telhados lá embaixo sob as folhas lá embaixo no escuro sonoro do capim dentro do verde quente do capim lá junto à noite da terra entre formigas (minha vida!) nos cabelos do ventre e morno do corpo por dentro na usina da vida em cada corpo em cada habitante dentro de cada coisa clamando em cada casa a cidade sob o calor da tarde quando o avião passou II eu devo ter ouvido no meu quarto um barulho cortar outros barulhos no alarido da época rolando por cima do telhado eu devo ter ouvido (sem ouvir) o ronco do motor enquanto lia e ouvia a conversa da família na varanda dentro daquela tarde que era clara e para sempre perdida que era clara e para sempre em meu corpo a clamar (entre zunidos de serras entre gritos na rua entre latidos de cães no balcão da quitanda no açúcar já-noite das laranjas no sol fechado e podre àquela hora dos legumes que ficaram sem vender no sistema de cheiros e negócios do nosso Mercado Velho - o ronco do avião) III eu devo ter ouvido seu barulho atolou-se no tijuco da Camboa na febre do Alagado resvalou nas platibandas sujas nas paredes de louça penetrou nos quartos entre redes fedendo a gente entre retratos nos espelhos onde a tarde dançava iluminada Seu barulho era também a tarde (um avião) que passava ali como eu passava à margem do Bacanga em São Luís do Maranhão no norte do Brasil sob as nuvens IV eu devo ter ouvido ou mesmo visto o avião como um pássaro branco romper o céu veloz voando sobre as cores da ilha num relance passar no ângulo da janela como um fato qualquer eu devo ter ouvido esse avião que às três e dez de uma tarde há trinta anos fotografou nossa cidade V meu rosto agora sobrevoa sem barulho essa fotografia aérea Aqui está num papel a cidade que houve (e não me ouve) com suas águas e seus mangues aqui está (no papel) uma tarde que houve com suas ruas e casas uma tarde com seus espelhos e vozes (voadas na poeira) uma tarde que houve numa cidade aqui está no papel que (se quisermos) podemos rasgar  

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