Todo amor tem uma música que o embale e que fica na lembrança mesmo quando ele passa a ser somente isso: uma lembrança. É aquele som que, ao escutarmos ao longe, de alguma forma o corpo reage, o olhar brilha, a mente viaja, enfim, faz a vida ganhar mais sentido. Na trilha sonora que abastece nosso coração, há músicas que são para aqueles amores passageiros, mas marcantes. Aqueles tais que insistimos em negar, queremos abrir mão de sentir. Porém, quando menos esperamos, ele nos aborda de uma maneira intensa, única e aí só podemos admitir... “Eu tentei mas não deu pra ficar Sem você enjoei de esperar Me cansei de querer encontrar Um amor pra assumir seu lugar.... Quantas vezes eu sonhei juntar Teu corpo, meu corpo Num corpo só”. (Maria Rita) Outros amores são do tipo que fazem sorrir até sem querer “De repente fico rindo à toa sem saber por que...” Esses alegram nossos corações, dão um significado todo especial a todo encontro, mostra que, por mais estradas que tenha percorrido, no momento em que aquela boca beija a sua, em que aqueles braços te envolvem nada mais importa... “Tava pensando em nós dois Buscando um jeito inédito Pra falar de amor Nem reparei que o tempo passou Sonhando, pensando, querendo Meus olhos caçando você Pensando, sonhando, querendo Minha boca mirando você Já é, suficientemente especial Posso dizer Que encontrei... A cara metade que eu sempre busquei...” (Ivete/Seu Jorge) Porém, nada é igual a um amor ao som de Chico Buarque. Ali estão todo querer, sentir, amar reunidos sem ser piegas: “O meu amor tem um jeito manso que é só seu E que me deixa louca quando me beija a boca A minha pele toda fica arrepiada E me beija com calma e fundo Até minh'alma se sentir beijada” Seja qual for o som, qual trilha sonora embale seu filme de amor, qual tipo de amor você tenha – apaixonado, mais calmo, incendiário, assumido ou furtivo – não deixe de comemorar essa semana. Sempre vale a pena.