Campos parece uma criança que se recusa a crescer. Fazer com que os ônibus voltem a circular na Avenida 7, sob a justificativa de “aquecer o comércio”, é um retrocesso. Com seus prédios históricos e ruas estreitas, a área central não precisa de ônibus para acabar de tumultuar o já confuso e tumultuado trânsito nesse trecho. Precisa é de valorização. E urgente. E valorização passa pela conservação dos prédios, ordenamento da loucura de barraquinhas dos mais variados ambulantes, da fiscalização e coibição do transporte clandestino, que fez da rua Governador Theotônio Ferreira de Araújo — escura e arriscada para os pedestres — e da Carlos de Lacerda — a mesma rua pela qual passarão os ônibus em sua nova (?) rota — um espaço seu. Além disso, ninguém deixa de comprar no comércio do Centro porque tem que andar mais, 200, 300 metros até chegar ao Terminal Urbano. Deixa de comprar pela instabilidade financeira, pela dependência econômica que milhares de pessoas, não concursadas, têm da Prefeitura e até (mas, felizmente isso tem se tornado mais raro) da falta de atenção de alguns vendedores nas lojas. Campos parece uma criança que se recusa a crescer. Crescer pode significar abrir seus horizontes, trilhar novas estradas, sair da mesmice. E isso pode não interessar a todos ...