Dr. Adriano toma posse em Cabo Frio
Aldir Sales 17/07/2018 23:15 - Atualizado em 18/07/2018 18:54
O novo prefeito de Cabo Frio, na Região dos Lagos, Adriano Guilherme de Teves Moreno, o Dr. Adriano (Rede), e seu vice, Felipe Monteiro (PCdoB), tomaram posse, nesta terça-feira, nos seus respectivos cargos durante cerimônia na Câmara de Vereadores. Eleito com 68,58% dos votos válidos, o político assume o Executivo cabofriense após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enquadrar o então prefeito Marquinho Mendes (MDB) na Lei da Ficha Limpa e cassar o mandato do emedebista. Durante o primeiro discurso à frente da Prefeitura, Adriano anunciou a criação de uma comissão de auditoria, outra para a implementação da central de marcação de consultas da rede municipal de Saúde e uma terceira para estudar a ampliação das verbas para a Educação.
— Hoje começa um novo tempo. Não me permiti comemorações, pois entendo que o momento político da cidade não é para comemoração. Estamos iniciando um governo livre de perseguições, nepotismo e sem bandeiras partidárias. A vitória não foi minha, mas da população que cansou de ser massacrada. Meu primeiro ato como prefeito é a criação da comissão que vai auditar as contas da Prefeitura. Além disso, vamos buscar diminuir o sofrimento da população que acorda de madrugada para tentar marcar uma consulta. E, por fim, valorizar a Educação na nossa cidade. Estes três atos iniciais mostram nossa preocupação com a cidade”, discursou Dr. Adriano.
Eleito em 2016, Marquinho Mendes foi cassado após o TSE considerar que o político estava inelegível no momento do pleito por conta da Lei da Ficha Limpa. A decisão dos ministros reformou a sentença do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A Corte de Brasília resolveu cassar a candidatura de Marquinho por causa de condenações anteriores de rejeição de contas públicas e de abuso de poder econômico ou político.
Além dos problemas na Justiça Eleitoral, Marquinho Mendes também teve os direitos políticos cassados pela 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. Em análise de segunda instância, os desembargadores consideraram que o ex-prefeito de Cabo Frio é culpado de ato doloso de improbidade administrativa porque teria usado verba pública para pagamento de matéria publicada em agosto de 2015 em uma revista de circulação nacional com intuito de propaganda e promoção pessoal. Mesmo assim, Mendes concorreu na eleição suplementar do último dia 24 de junho, mas não teve seus votos contabilizados pela Justiça Eleitoral.
Em situação semelhante, o TSE também afastou o prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Balthazar (MDB), pelos mesmos motivos e convocou nova eleição. O vereador Marcelino da Farmácia (PV) ganhou com mais da metade dos votos válidos e tomou posse no cargo na última segunda-feira.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS