Turisguá e Rogil em paralisação
Jane Ribeiro 10/11/2017 21:13 - Atualizado em 14/11/2017 14:49
  • Ato de funcionários da Rogil

    Ato de funcionários da Rogil

  • Ato de funcionários da Rogil

    Ato de funcionários da Rogil

Motoristas e cobradores das empresas Turisguá e Rogil voltaram a paralisar os serviços por falta de pagamento, durante parte desta sexta-feira, em Campos. As duas empresas devem aos funcionários três meses de salários. Pela Turisguá a paralisação afeta principalmente os moradores da Baixada Campista. Já pela Rogil os moradores de algumas localidades e bairros distantes da área central. O sindicato dos Rodoviários pretende realizar duas assembleias que acontecerão às 10h e 17h do próximo dia 13. Em pauta, os atrasos salariais da categoria, pelas empresas de ônibus. O secretário da Transparência e Controle, Felipe Quintanilha, esteve reunido, na última quinta-feira, com representantes das empresas de ônibus para reafirmar os termos do consórcio vigente.
Cansados de esperar, os funcionários da Rogil foram para o terminal de ônibus com cartazes para mostrar para a população que estão trabalhando sem receber. Muitos disseram estar passando necessidades.
— Estamos sem dinheiro para o básico, que é a alimentação. Pagar contas nem pensar. Ou paga ou dá comida aos filhos. Não podemos ficar mais nessa situação. A empresa pede colaboração, diz que não está recebendo da Prefeitura, mas nós não podemos pagar por erros dos outros, queremos o que é nosso — disse um funcionário que não quis se identificar com medo de represálias.
Já segundo os funcionários da Turisguá, cerca de 60% do salário de agosto, mais os pagamentos de setembro e outubro, não foram depositados. O último recebimento foi há aproximadamente duas semanas, quando foram pagos R$ 300 referentes a agosto. “Ninguém está aguentando mais. A gente está passando mal. Do jeito que está não temos condições para trabalhar”, afirmou um dos trabalhadores, que não se identificou.
Em nota, O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) informou que já entrou em contato com o responsável pela empresa, exigindo retorno imediato. Neste momento, a fiscalização está em verificação e emitindo notificação para a normalização do atendimento. Durante o tempo em que esteve em vigor o programa de passagem social, foram investidos mais de R$ 300 milhões, repassados às empresas de ônibus, sendo cerca de R$ 22,6 milhões só este ano. A única pendência existente refere-se à segunda quinzena do ano passado, ou seja, da gestão anterior, o que não justifica um atraso de três meses aos funcionários, conforme informação do presidente do IMTT, Renato Siqueira.

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