Reforma da Previdência ainda precisa de um texto enxuto
03/11/2017 19:29 - Atualizado em 06/11/2017 16:23
Câmara rejeita denúncia contra Temer
Câmara rejeita denúncia contra Temer / Agência Brasil
A questão da reforma da Previdência entrou na pauta outra vez. Desde que a denúncia contra o presidente Michel Temer foi rejeitada, o Palácio do Planalto tem defendido que a reforma seja aprovada ainda em 2017. Mas, com o impasse entre o governo e o Congresso sobre o texto a ser votado, a proposta ainda patina na Câmara, a 45 dias do recesso parlamentar.
Nesta sexta-feira, líderes da base aliada ouvidos pelo site G1 consideram que a única chance de as mudanças serem aprovadas é se um texto enxuto for para votação, mexendo somente em alguns pontos, como idade mínima. Ainda nesta sexta-feira, durante entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro Henrique Meirelles disse que a proposta de reforma da Previdência a ser aprovada precisa ser “completa”.
Nos bastidores, o governo já avalia que não conseguirá aprovar a íntegra da proposta enviada pela comissão especial que discutiu o tema.
As mudanças na aposentadoria são prioridade para o governo federal, que tem pressa e gostaria de ver as novas regras aprovadas ainda neste ano. A avaliação geral é que, se ficar para 2018, ano eleitoral, o tema, que gera desgaste político, pode não avançar.
Outra dificuldade para a aprovação é conseguir o número suficiente de votos para aprovação. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), é necessário o apoio de três quintos dos parlamentares em dois turnos de votação na Câmara e no Senado. (A.N.)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS