Justiça ouve Jonas Lopes e testemunhas de acusação da operação Ratatouille
09/10/2017 15:03 - Atualizado em 09/10/2017 15:04
Jonas Lopes chega para audiência na Justiça Federal
Jonas Lopes chega para audiência na Justiça Federal / Foto: Reprodução/GloboNews
A Justiça Federal no Rio ouve sete testemunhas de acusação da operação Ratatouille, que investiga o desvio de dinheiro no fornecimento de alimentos para o governo do estado, nesta segunda-feira (9). Dentre as testemunhas estão os doleiros e irmãos Chebar, além dos delatores Jonas Lopes de Carvalho Júnior, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, e seu filho, Jonas Lopes Neto. É a primeira vez que pai e filho falam em juízo.
Segundo a denúncia, o empresário Marco Antônio de Luca pagou R$ 17 milhões em propina ao ex-governador Sérgio Cabral para conseguir benefícios com o governo do estado. O empresário é ligado às empresas de alimentos Masan e Milano, que pertencem ao mesmo grupo familiar e estão entre as principais fornecedoras de alimentos e merenda para o estado do Rio. As empresas conseguiram contratos no valor aproximado de R$ 2,5 bilhões com o governo. Além do ex-governador, também são réus no processo os operadores Carlos Miranda e Carlos Bezerra.
A operação foi batizada de “Ratatouille” e é mais um desdobramento da operação Lava Jato no estado. A ação investigou contratos de alimentação hospitalar, escolar e de presídios. De acordo com a Justiça, a prisão preventiva foi decretada por haver indícios de Marco Antônio ser “o grande corruptor da iniciativa privada na área da alimentação e serviços especializados no Estado do Rio de Janeiro. Aduz o MPF que o investigado teria se associado aos integrantes da Organização Criminosa, através da entrega valores em espécie diretamente ou por intermédio de Luiz Carlos Bezerra”.
Em depoimento, Tânia Fontenelle, ex-diretora da Carioca Engenharia, disse que entreguei dinheiro a duas pessoas ligadas ao governo Cabral: Miranda e Bezerra. "Passei a entregar mensalmente R$ 200 mil. Dependia da disponibilidade, por 3 anos. Mensalidade subiu para R$ 500 mil', afirmou Tânia.
Fonte: G1

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    Arnaldo Neto

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