Ontem eu me peguei sob uma análise da história um pouco preocupante e perturbadora: quando nossas manifestações de insatisfação não são ouvidas e são ignoradas pelos governantes o povo sofre e, uma hora, se cansa e perde a paciência.

É nessa hora que a nossa voz dá lugar ao uso da força, na forma de revolução, e que normalmente rompe com o status quo (modelo político atual). A Política não é perfeita, porém é o melhor que podemos ter, porque onde ela não está, há ditadura.

Os maus politicos fazem campanhas eleitorais milionárias com o nosso dinheiro, aumentam seus próprios salários com o nosso dinheiro, corrompem e são corrompidos com o nosso dinheiro... e quando o dinheiro acaba, eles aumentam impostos.

Os impostos sobre tudo que ganhamos e sobre tudo que compramos equivalem a 05 meses do ano de nosso trabalho. Precisamos trabalhar 05 meses de nosso ano para sustentar o governo e o que recebemos em troca? Quem é que te explora? Seu patrão ou é governo? Não adianta receber de volta um cargo público, ter um empreguinho em um órgão do estado ou um cargo na prefeitura se, no fim das contas, é você quem vai pagar seu próprio salário.

"Dividir para conquistar", foi assim que Júlio César expandiu o Império Romano em 50 A.C. Essa velha tática é tão ajustada e atual que funciona como o motor de uma Ferrari: perfeito!

Enquanto brigamos sobre direita x esquerda, negros x brancos, heterossexuais x homossexuais... ou seja, ENQUANTO NOS DIVIDIMOS, "eles", os maus representantes do povo, os políticos corruptos, vão se aproveitando de nós, do nosso dinheiro e da nossa paciência.

Criaram uma briga que não é nossa, nos colocaram em uma Rinha de Galo onde nós somos os galos e vamos acabar na panela. Enquanto brigarmos por diferenças ideológicas, não enxergaremos que nosso problema são OS MAUS POLÍTICOS que tentam nos separar e nos dividir em classes, para nos enfraquecer. Pense nisso: "O povo unido jamais será vencido", foi assim que saímos de uma ditadura e entramos em uma democracia. Agora, desunidos, entramos de novo na contramão.

*Thiago Soares é advogado