Celeiro de grandes jogadores desde os tempos do antigo Campeonato Campista de Profissionais, o Esporte Clube Santo Antônio continua a produzir talentos para o futebol campista e mesmo clubes de fora do Estado. No próximo dia 20, três garotos de 19 anos cruzarão os cerca de 2.100 km, que separam Campos da longínqua Pelotas (RS), a fim de realizar um sonho comum à maioria dos garotos brasileiros nesta idade: se tornar um jogador de futebol profissional.

O destino dos sonhos é o clube Brasil, que disputa a primeira divisão do Campeonato Gaúcho. Os meninos tem se destacado na equipe do Beco na antiga Usina Santo Antônio, onde ainda resiste o velho estádio Tarcisio Miranda. O lateral esquerdo Lucas Moreira, o meia Lucas Carvalho e o volante Fabrício irão tentar a sorte na fria cidade ao sul do Rio Grande.

“Os garotos tem sido observados em jogos amistosos que fizemos contra times como o Friburguense, o Tupi e outras equipes. O clube inclusive já enviou as passagens para que eles possam embarcar até Pelotas, onde irão passar por um período de dois anos em observação. Se ficarem, deverão disputar este ano o Gauchão de juniores e a Copa São Paulo, em 2018”, conta o treinador da equipe sub 20, Juliano Ribeiro.

Ele frisa que o Santo Antônio conta com equipes nas escolinhas, no sub-10, 12, 14,15 e 20. “Já temos de oito a nove jogadores encaminhados para o Americano, dois no Goytacaz, além de Madureira e Fluminense”, acrescenta.

Indagado sobre alguma compensação para o clube em troca da cessão desses atletas, Juliano afirma que ainda não há contrapartida alguma. “Vamos, através de um advogado, elaborar um contrato para que o clube venha ter esta compensação como formador do atleta, através da Lei Pelé, no caso de jogadores que estejam aqui vinculados e inscritos na Federação”, explicou.