"Alien: Covenant"
10/05/2017 17:22 - Atualizado em 13/05/2017 20:30
A plateia campista pode assistir a partir desta quinta-feira (11) ao tão esperado filme “Alien: Covenant”, do diretor Ridley Scott.
Segundo setores da crítica, “Alien: Covenant” é uma experiência satisfatória, mas que ainda não alcança o potencial esperado.
Dez anos após os acontecimentos do último filme, acompanha-se um novo elenco na tripulação da nave Covenant que, após ser forçada a acordar de seu sono criogênico prematuramente, decide explorar um planeta próximo que colocará em rota de colisão com os sobreviventes da nave Prometheus.
Como seu antecessor, o melhor elemento é Michael Fassbender, que aqui não apenas reprisa seu papel como o andróide sintético David, como o de um outro chamado Walter. Em papel duplo, as cenas com os dois personagens de Fassbender interagindo são algumas das melhores do filme, não apenas pela sua performance, mas pelo seu conteúdo, que dão um vislumbre do teor filosófico existencial que esses filmes prometem desde “Prometheus”, mas nunca se concretizou plenamente, lembrando até alguns dos melhores momentos de “Blade Runner”.
Quanto ao resto do elenco, Katherine Waterson faz uma protagonista competente, mesmo que um pouco parecida demais com a personagem de Noomi Rapace em “Prometheus”. Danny Mcbride é surpreendentemente cativante e Billy Crudup tem muito potencial, especialmente nas relações de seu personagem com a religião, mas acaba subdesenvolvido. Mas infelizmente, a maior parte do elenco não consegue transcender a sua essência descartável e poderia simplesmente se chamar “comida de Alien”. Não ajuda quando o filme comete algumas das mesmas falhas de “Prometheus” e personagens sucumbem a momentos de burrice extrema e inadmissível para pessoas que treinaram a vida toda para serem desbravadores espaciais.
E por falar nele, como a inclusão de “Alien” no título indica, o filme realmente faz uma ponte entre “Prometheus” e o resto da franquia. Se o seu antecessor apenas insinuava, aqui vemos as origens do Xenomorfo em toda a sua glória.
Se o que estiver procurando for só mais uma dose de aliens matando tripulantes desavisados como uma forma de “matar a saudade”, você sairá satisfeito, mas apesar de ter sua mitologia expandida, o monstro já não é mais a mesma presença ameaçadora do filme de 1979: No terceiro ato, ele se reduz a um vilão de slasher genérico (com direito até a matar casal durante o sexo).
Dando continuidade a “Prometheus”, o filme ainda tem elementos de terror de sobrevivência inspirados em “Alien – O Oitavo Passageiro”, mas dessa vez também inclui mais do teor de ação militarizada de “Alien – O Resgate”. Pode não ser um filme perfeito, mas pelo menos é divertido. Depois de chegar a uma conclusão previsível, mas aceitável, o filme ainda decide jogar uma reviravolta (igualmente previsível) que promete uma continuação, formando assim uma trilogia de frequência de Alien que, apesar de competente, ainda não se provou nem um pouco necessária.
Também estreia nesta quinta “Antes que Eu Vá” e continuam em cartaz os filmes “Velozes e Furiosos 8”. “Ninguém Entra, Ninguém Sai”, “Guardiões da Galáxia Vol. 2” e “A Cabana”.

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