"Meu Tempo é Hoje" no Cineclube Goitacá
Jhonattan Reis 09/05/2017 18:21 - Atualizado em 11/05/2017 17:07
Cineclube Goitacá exibe, nesta quarta-feira (10) à noite, o filme “Paulinho da Viola — Meu Tempo é Hoje” (2003), dirigido por Izabel Jaguaribe. O documentário fala sobre a vida do cantor, compositor e violonista Paulinho da Viola, nascido em 12 de novembro de 1942 e hoje com 74 anos de idade. Quem apresenta a obra é o pesquisador e professor Marcelo Sampaio. A sessão tem início às 19h, na sala 507 do edifício Medical Center — localizado à esquina da rua Conselheiro Otaviano com a Treze de Maio, no Centro. A entrada é gratuita.
No documentário, Paulinho da Viola apresenta seus mestres e amigos, suas influências musicais e percorre sua rotina peculiar e discreta, apresentando vários hábitos e costumes desconhecidos do grande público. O filme conta, ainda, com depoimentos de familiares e amigos de Paulinho, além de apresentações musicais.
Marcelo Sampaio explicou o motivo da escolha de “Paulinho da Viola — Meu Tempo é Hoje” para a noite de hoje.
— A Portela (escola de samba) foi campeã este ano, depois de muitos anos sem vencer o Carnaval carioca. O maior samba-exaltação à Portela de todos os tempos foi composto por Paulinho. E esta é uma forma de homenagear a Portela, através de Paulinho da Viola. Além disso, Paulinho faz parte das minhas pesquisas de samba e carnaval.
Ele destacou a sensibilidade com o filme foi trabalhado.
— Gosto muito de documentários que vão para áreas que o grande público normalmente não tem acesso. Muitas cenas mostram Paulinho da Viola em casa com sua família, na rotina dele. Se não fosse este filme, poucas pessoas teriam conhecimento dessas coisas mais íntimas ligadas à vida dele. Acho isso a marca principal deste documentário.
O apresentador da noite comentou sobre a importância de Paulinho da Viola para o samba.
— Paulinho não é apenas só um ótimo cantor e um maravilhoso compositor. Ele também fez parte de dois grupos importantes, que ganharam repercussão muito devido ao Paulinho. E esses grupos são Época de Ouro, do pai dele, e a Voz do Morro. É importante lembrar, ainda, que Paulinho fez com que a Época de Ouro gravasse o primeiro disco.
Marcelo Sampaio também ressaltou:
— Importante assinalar, também, que no documentário Paulinho fala que a maior influência musical dele é o nosso conterrâneo Wilson Batista. Esse grande compositor de Campos ser uma das influências de Paulinho mostra também que isso tudo está relacionado a nós.
Sampaio relatou, ainda, sobre curiosidades que são mostradas no filme.
— Paulinho, que é entrevistado pelo jornalista Zuenir Ventura, fala um pouco da música “14 Anos”, que ele compôs. O pai dele, o violonista Benedicto Cesar Ramos de Faria, queria que ele fosse doutor, fizesse faculdade, pois sabia como é difícil a vida musical. Então Paulinho compõe uma música, a “14 Anos”, contando essa história — disse ele, continuando:
— Também há cenas que mostram ele andando pelas ruas do Saara, no Centro do Rio, com toda aquela simplicidade e elegância dele. O documentário ainda tem outros momentos marcantes, como situações que mostram ele com a família, sendo algumas dessas cenas em preto e branco, e ainda há uma parte que Paulinho mostra uma oficina na casa dele, porque se ele não fosse músico, seria marceneiro.

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