"Velozes e Furiosos 8" estreia nesta quinta
12/04/2017 18:07 - Atualizado em 15/04/2017 16:07
Entre as atrações nos cinemas de Campos, o destaque é, sem dúvida, “Velozes e Furiosos 8”, cuja pré-estreia aconteceu nessa quarta-feira (12).
Em 2003, na estreia de “+Velozes e +Furiosos”, quando começava o ensaio do início de uma nova franquia cinematográfica, as corridas de carro ainda eram o grande atrativo do filme. Embora espetaculares havia uma busca pelo realismo dos rachas de ruas, o dilema entre o perigo e adrenalina, a estrutura de filme policial e etc. Na sequência inicial daquele filme, o protagonista está em mais uma corrida, num momento chave, um dos competidores aciona o levantamento de uma ponte, o herói, com destreza, ativa o nitro de seu carro no momento certo, não só conseguindo pular a ponte como também fazendo uma ultrapassagem no ar, um momento extremamente espetacular dentro do realismo de “+Velozes e +Furiosos”.
Quatorze anos e seis filmes depois, o salto de Bryan parece brincadeira de criança. Já faz algum tempo que o estilo de “Velozes e Furiosos” mudou, abandonando seu realismo para virar um espetáculo pirotécnico com famosos e turbinados carros. A sequência inicial desse oitavo episódio é bastante significativa nesse sentido. Toretto (Vin Diesel) e Letty (Michelle Rodriguez) estão em Cuba de férias e um valentão do lugar mexe com um primo distante do protagonista, Toretto desafia o homem para uma corrida. Pensar que aquilo significa em um retorno às origens da franquia é um equívoco, aqui só está sendo construída a constatação que “Velozes e Furiosos” habita um novo universo, regido por suas próprias leis. Para se ter uma noção o racha apostado em Havana termina com o carro do protagonista explodindo, mas isso é utilizado por Toretto como impulso para vencer a corrida.
Num mundo totalmente improvável, “Velozes e Furiosos 8” é um filme de absurdos e sabe disso. Os 136 minutos de projeção são um acúmulo de momentos que tentam ser mais impressionantes e mirabolantes que o anterior. Essa, aliás, é a lógica da franquia, em que o objetivo de cada título é superar os absurdos do longa passado. Em “Velozes e Furiosos 8” isso provavelmente chega a seu ápice. Ter esse propósito alcançado não significa, necessariamente, chegar a alguma qualidade. O filme, como muito foi vendido, traz a história desse protagonista voltando-se contra o seu grupo de amigos, a família como ele mesmo chama. Fato é que essa traição ocorre através de uma chantagem feita por Cipher (Charlize Theron), nova vilã da franquia, que obriga Toretto a trabalhar para ela, utilizando-se de um motivo muito digno que, acertadamente, vai sendo revelado aos poucos.
O longa, então, coloca frente a frente, Toretto, trabalhando para o inimigo, e seus companheiros, que precisam frear os planos de Cipher além de entender o motivo da revolta daquele antigo aliado. “Velozes e Furiosos 8” tenta aliar o seu pretenso absurdo narrativo com um debate a respeito da relação daquela família. Fato é que as opções contidas nesse primeiro objetivo afetam diretamente este segundo.
Em “Velozes e Furiosos 8”, Cipher é uma típica vilã de filmes escrachados de espionagem, ela vive num avião que contém um enorme satélite embutido no veículo, recheado de aparatos tecnológicos, além de incríveis cômodos de luxo. A motivação da antagonista é o genérico dominar o mundo. A franquia tem público cativo com garantia de bilheteria.
Continuam em cartaz “A Bela e a Fera”, “O Poderoso Chefinho”, “Os Smurfs e a Vila Perdida” e “A Cabana”. (A.N.) (C.C.F.)

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