Tido pelos artistas como a Casa do ator campista, o Teatro de Bolso Procópio Ferreira reabre suas portas hoje, após quase três anos fechado pela antiga gestão. Sob a alegação de que o lugar passaria por reforma para resolver questões de acessibilidade e reparo no sistema de refrigeração, o tempo foi passando. Mais de um ano depois, artistas do município, que não tinham respostas quanto à previsão de entrega do teatro, ocuparam o TB e, ao entrarem, não viram grande mudança além da quantidade de poeira no espaço. Na ocasião, os problemas com acessibilidade ainda não haviam sido resolvidos. E as dificuldades com a refrigeração? Também não.

Este ano, com as portas do Teatro de Bolso reabertas para o Festival de Esquetes do Sated-RJ, artistas da cidade podem ver novamente o lugar em condições de receber espetáculos. Porém, ainda não é o essencial. Mesmo fechado para reforma desde o final de 2014, o TB foi deixado pela antiga gestão do município ainda com problemas de refrigeração. Para o festival, a direção buscou um ar condicionado provisório. O diretor do TB, Fernando Rossi, estima que a Casa do ator campista seja reaberta definitivamente no início de maio, já com todos os problemas resolvidos. Uma boa notícia para a Cultura desta cidade.

Já estão soltos os três últimos presos da Operação Carne Fraca que tiveram a prisão temporária prorrogada. Rafael Nojiri Gonçalves, Antônio Garcez da Luz e Brandízio Dario Júnior estavam presos há 10 dias na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O juiz federal Marcos Josegrei da Silva determinou, sábado (25), a soltura dos três. Josegrei e a PF justificaram a libertação dizendo que “as diligências preliminares que justificavam a medida de prisão temporária dos investigados estão cessadas”.

Já a advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, deve deixar a carceragem hoje. Agentes da Polícia Federal farão uma vistoria no local e, se liberado, Adriana poderá ir para casa. Lá, ela não poderá usar o celular, o telefone ou a internet. Visitas terão que ser autorizadas e registradas pela Polícia Federal, além de terem que deixar os próprios eletrônicos na portaria do prédio.

Adriana Ancelmo ficará com os dois filhos de 10 e 14 anos que, atualmente, estão sendo cuidados por um irmão deles e empregados. A defesa da ex-primeira-dama do Estado rejeita a crítica de que ela estaria recebendo um privilégio ao obter a prisão domiciliar. De acordo com o advogado de Adriana, Luis Guilherme Vieira, a mudança no regime de prisão é algo previsto na lei e que pode ser solicitado por qualquer mulher no regime carcerário.

Diferentes cidades de ao menos 10 estados — mais Distrito Federal — tiveram manifestações, ontem, em apoio à operação Lava Jato. No Rio, centenas de pessoas foram à praia de Copacabana, para apoiar a operação Lava Jato, as reformas previdenciária e trabalhista, e protestar pelo fim da corrupção. Em todo Brasil, estima-se que cerca de 20 mil pessoas tenham ido às ruas. Número muito menor que as manifestações passadas, quando 3,6 milhões de pessoas protestaram.

Ao que parece, as mobilizações em torno de temas importantes para o País vão perdendo força. O que não deixa de ser preocupante. Muito mais que as prisões espetaculares, a Lava Jato precisará do apoio para recuperar o dinheiro escoado pela corrupção e, principalmente, para manter os olhos da Justiça para mal da política brasileira.