Os artistas da região têm até o dia 20 de abril para inscreverem projetos no X-Tudo Sesi Cultural 2017, que acontece em julho com o tema cultura negra. A informação foi anunciada em encontro da equipe de cultura do Sesi no Norte Fluminense com imprensa e artistas na cidade, na manhã dessa sexta, na sede da instituição em Campos, em Guarus. A reunião também serviu para apresentar a nova supervisora regional de cultura da unidade, Hilma Maia. O cargo antes era ocupado pelo diretor teatral Fernando Rossi, que passa a exercer outra função no Sesi, ainda não divulgada.

Hilma explicou sobre o X-Tudo Cultural e a seleção dos projetos enviados.

— O X-Tudo existe desde 2010 e acontece sempre em julho. O nome é sugestivo porque é um projeto que acontece não só com teatro e música, mas com qualquer manifestação artística. Sobre a seleção dos projetos, ela não será feita por aqui. Um curador da nossa divisão de cultura do Rio vai ser quem irá selecionar, sendo uma seleção justa, onde a cultura negra seja tratada com respeito e os trabalhos sejam bem feitos — disse, lembrando que ainda não há definição quanto ao número de trabalhos que serão aprovados.

A supervisora falou, também, que o Sesi aceita projetos além do X-Tudo. Ela explicou, ainda, sobre como vai ser o trabalho nas unidades de Campos e Macaé.

— Já estou nesta função há nove anos no Sesi Macaé. Agora ficarei também com essa responsabilidade no Sesi Campos. E estarei pessoalmente nas duas cidades. A princípio, fico quarta e sexta aqui (Campos), e terça e quinta lá (Macaé). O outro dia é dividido, então são três dias aqui e dois lá ou ao contrário. Quem quiser pode vir falar comigo no Sesi e, se eu não estiver, minha equipe vai estar aqui para conceder informações.

A valorização dos artistas locais foi outro assunto abordado no encontro.

— A gente tem que contemplar os artistas locais. É bom quando a gente traz um artista de fora, mas, quando temos um espaço, temos que estar com ele aberto para que os artistas locais venham, sendo que o teatro é a casa dos artistas — comentou Hilma.

A supervisora regional de cultura da unidade de Campos também apontou uma marca do X-Tudo Cultural deixada em Campos em 2015.

— Na parede da parte de fora do nosso teatro temos um grafite que é resultado de uma oficina que fez parte do X-Tudo cultural naquele ano. A gente está tentando fazer o nosso melhor, trazer a cultura cada vez mais para a cidade. O teatro é um espaço aberto a quem quiser vir, e a gente quer promover qualquer tipo de cultura neste espaço — relatou.

A gerente executiva regional, Ivana Licurgo, também falou sobre o X-Tudo Cultural.

— Ele é basicamente de valorização da cultura local. Apesar de todo o cenário nacional e de toda a estruturação que o sistema Firjan está passando, ele continua com esse compromisso com a sociedade de incentivar e valorizar a questão da indústria criativa. E quando a gente fala de cultura a gente está falando de muitas vertentes, sendo que o X-Tudo mostra muito isso, pois une várias formas de arte.

Tema — A superintendente de Igualdade Racial, Lucia Talabi, comentou sobre a escolha de “cultura negra” como tema para o X-Tudo Cultural deste ano.

— É importante o X-Tudo abordar isto, e é um tema em alta. Acho que (o tema) foi muito acertado. Campos está precisando ter esse momento de reflexão através da arte voltada para as nossas raízes negras — falou.