Cineclube exibe nesta quarta "Limite de Segurança"
Jhonattan Reis 14/03/2017 18:31 - Atualizado em 17/03/2017 17:45
Cineclube
“Limite de Segurança” (Fail Safe, 1964), dirigido por Sidney Lumet, será o filme exibido nesta quarta (15) à noite no Cineclube Goitacá. A apresentação é do advogado e publicitário Gustavo Oviedo. A sessão inicia às 19h, na sala 507 do edifício Medical Center — na esquina da rua Conselheiro Otaviano com a Treze de Maio, no Centro. A entrada é gratuita.
A história se passa em 1964, em plena Guerra Fria. Estados Unidos e União Soviética competem ferozmente pela hegemonia mundial. Em meio a isso, um erro de computador pode destruir ainda mais essa relação complicada entre ambos.
Por conta de uma falha técnica no sistema do Strategic Air Command — órgão estratégico de defesa nuclear dos Estados Unidos —, uma frota de bombardeiros B-58 (aeronave-bomba operacional da força aérea dos americanos) recebe a ordem de destruir a cidade de Moscou com duas bombas nucleares.
O general Bogan (Frank Overton), comandante da Força Aérea, tenta desesperadamente estabelecer contato através do rádio com os pilotos dos bombardeiros, mas eles são treinados para não receberem ordens verbais de reversão.
Numa corrida contra o tempo, o presidente (Henry Fonda), ajudado por um intérprete chamado Buck (Larry Hagman), informa ao premiê da Rússia sobre a situação. Então, trabalhando em conjunto com o Strategic Air Command, os russos enviam todo seu arsenal antiaéreo para derrubar os bombardeiros americanos.
No entanto, uma aeronave, pilotada pelo coronel Grady (Ed Binns), consegue escapar e continua em sua missão fatal. Com isso, os americanos terão que lutar contra o tempo, já que os russos prometeram destruir Nova York caso o lançamento contra Moscou aconteça.
— “Limite de Segurança” é um thriller que mantém o espectador num estado de tensão permanente — comentou Gustavo Oviedo, que também ressaltou a qualidade da atuação e da fotografia do longa.
— Henry Fonda como o presidente é excelente. O personagem age com a responsabilidade que o cargo lhe confere, tendo que avaliar os prós e os contras de decidir medidas duríssimas que podem afetar a vida de milhões de pessoas, e tudo isso em questão de minutos. A fotografia é outro aspecto a destacar, já que o longa foi filmado em branco e preto e a utilização das luzes e sombras acentuam o caráter dramático das situações.
O apresentador da noite também falou que “Limite de Segurança” lembra outro longa-metragem.
— Muitos que leiam essa sinopse podem achar que é a mesma história de outro filme que também foi lançado em 1964: “Dr. Fantástico”, de Stanley Kubrick. E é verdade. Por um acaso, ou talvez porque a questão nuclear estava na cabeça de todos, já que a crise dos mísseis de Cuba tinha acontecido em 1962, “Dr. Fantástico” e “Limite de Segurança” contam quase a mesma história. O que difere é o tom, pois o primeiro é uma sátira e o segundo um drama, assim como o desfecho — disse Oviedo.

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