Com medo da CPI
22/02/2017 10:50 - Atualizado em 06/03/2017 11:57
Com medo da CPI
Desde que o presidente da Câmara de Campos, Marcão Gomes (Rede), afirmou que nenhuma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vai sobrepor na Casa a da Lava Jato, mudou o comportamento do grupo de Anthony Garotinho (PR) em relação às nomeações feitas de parentes de vereadores. O próprio ex-governador e marido da ex-prefeita Rosinha estaria pedindo que aliados ligassem para alguns vereadores que já estiveram em seu grupo para não deixarem a CPI ir à frente. Quem se aliar, sairia da linha de ataque dos garotistas.
Propina repassada?
Quando foi proposta na legislatura passada, a CPI da Lava Jato em Campos acabou indo para o fim da fila, ficando atrás de outras que também nunca deram quaisquer resultados. Segundo Marcão, o assunto precisa ser retomado, já que “um alto executivo da Odebrecht diz que repassou propina para Rosinha, Garotinho e Clarissa. Portanto, nenhuma CPI pode se sobrepor a essa”. Era com a empreiteira o maior contrato do governo passado, estimado em R$ 1 bilhão para construção de 10 mil casas populares, que não foram concluídas em oito anos.
E pode esquentar mais
E para colocar mais lenha na fogueira e aumentar os dias de preocupação de Garotinho, o ex-presidente da Câmara de Campos Marcos Bacellar (PDT) está perto de voltar a ser vereador. Arquirrival declarado de Anthony, Bacellar obteve uma vitória parcial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que desproveu um recurso do ex-subsecretário de Governo Thiago Godoy, conhecido por ser braço direito de Garotinho. O ex-vereador pode conseguir a qualquer momento uma liminar para assumir uma das 25 cadeiras.
“Bomba relógio”
O vereador cabo Alonsimar (PTC) reforçou ontem o apelo por mais segurança na Uenf. Segundo ele, apesar de a Guarda Municipal já ter incluído a universidade na sua ronda, é necessário ainda mais apoio tanto do município, quanto da Polícia Militar, já que se determinados materiais de pesquisas forem roubados, isso pode representar perigo até à saúde pública se manuseados de forma indevida. “É uma bomba relógio”, disparou ele na Câmara. O vereador terá um encontro hoje com o comando 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM) para tratar sobre o assunto.
Ato público
O reitor da Uenf, Luís Passoni, e a vice-reitora, Teresa Peixoto, participaram na última segunda-feira do Ato Público de Apoio às Universidades Estaduais Fluminenses, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) no campus Maracanã da Uerj. O evento contou com a participação de mais de 60 reitores de universidades públicas federais de todo o país, além de estudantes, professores, técnicos, sindicalistas e dos dirigentes das três Universidades do Estado do Rio.
Por autonomia
Citando exemplos de universidades públicas da Colômbia e de Portugal — que diante da falta de recursos passaram a cobrar mensalidades dos alunos —, Passoni disse acreditar que este é o projeto que está sendo implantado no Brasil. Segundo ele, é necessário que a população se insurja contra o desmonte que está sendo feito na Educação e defenda a autonomia das universidades, que inclusive está garantida na Constituição Estadual do Rio de Janeiro, de 1989, e nunca foi cumprida. Ele observou que até hoje a autonomia universitária vem sendo postergada à custa de liminares do Supremo Tribunal Federal (STF).
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