"Elymar Pra Pular" estreia nesta sexta em SJB
Matheus Berriel 23/02/2017 18:29 - Atualizado em 27/02/2017 12:31
Divulgação
Elymar Santos / Divulgação
“Sem o Elymar, não é a mesma coisa”. Foi essa a sensação de muitos sanjoanenses no Carnaval do ano passado, devido à ausência de Elymar Santos. Apesar de ser natural do Rio de Janeiro, cidade onde mora, o cantor tem uma ligação forte com o município do Norte Fluminense, onde já fez diversos shows e blocos durante a festa de rua. Na noite desta sexta, ele estreará o bloco “Elymar Pra Pular”, marcado para as 23h30.
“Na verdade, só muda o nome. Foi em São João da Barra que eu comecei a fazer Carnaval. Hoje, eu tenho um bloco que sai no Rio e em todo o Brasil, mas tudo começou em São João da Barra. Como no ano passado eu não pude fazer o bloco, a expectativa é de matar essa saudade”, disse o cantor.
A relação de Elymar Santos com SJB começou no meio do povo, buscando alimentar seu lado folião, no final dos anos 1990. De passagem pela cidade, ele participou do bloco “Eu e Ela”, causando um alvoroço entre os fãs e admiradores. Logo depois surgiu o bloco “Amigos do Elymar”, realizado pela Folha da Manhã. Desde então, ele já foi estrela principal de vários outros blocos, como o “Vem Provar Minha Cachaça Amor”, criado em 2002 para comemorar o tricampeonato de sua escola de coração no Rio, a Imperatriz Leopoldinense. A lembrança está guardada com carinho na memória do cantor.
“Quando eu comecei a fazer sucesso, no auge da minha carreira, o artista não podia ir para a rua brincar. Então, eu resolvi criar essa brincadeira minha. Foi uma loucura. Teve um ano que eu estava no palco e falei que, se a Imperatriz ganhasse no Rio, na quarta-feira de Cinzas eu voltava para a rua com o bloco. A Imperatriz ganhou, eu voltei e deu muita gente. Acho que deu mais gente que no dia oficial do bloco, porque muitas pessoas estavam retornando de viagem. Aí virou moda. Todo ano queriam o bloco na quarta-feira de Cinzas. São muitas histórias boas em São João”, recorda Elymar.
A ligação ficou tão grande que o artista virou enredo do Congos, uma das escolas de samba do município. No mesmo show de 2002, ele se emocionou ao cantar o samba feito em sua homenagem. Com tantas lembranças, não haveria motivo para não retornar a São João da Barra e ocupar de vez o espaço deixado em 2016.
“No ano passado, eu fui homenageado no Domingão do Faustão (da TV Globo), uma semana antes do Carnaval. Teria uma matéria sobre o Carnaval e falariam de São João da Barra, mas, infelizmente, foi o ano que não teve o bloco, então não foi falado sobre isso no programa. Fiquei triste, além de muitos fãs terem reclamado. A relação virou algo regional. Tem gente que me encontra e diz que é da minha terra, de São João da Barra (risos). Realmente, acham que eu sou sanjoanense. É muito engraçado isso”, enfatizou o cantor, que abriu mão da renda obtida com bandanas e abadás.
“Conversando com a atual prefeita, Carla Machado, ela falou das dificuldades e da vontade de fazer o Carnaval. Sugeri de pagar o show com as bandanas, os abadás e outras coisas do bloco. Falei para venderem e não quero nada disso, para poder ajudar a fazer o Carnaval”, finalizou.

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