Uenf resiste faz nova mobilização
Matheus Berriel 13/02/2017 19:23 - Atualizado em 15/02/2017 12:41
Ascom
Uenf / Ascom
Na noite desta terça-feira, acontecerá na sede da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Aduenf), em Campos, o Sarau de Mobilização Uenf Resiste. O evento, que contará com várias atrações musicais, tem como objetivo unir pessoas envolvidas na luta contra o fechamento da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), que enfrenta sérias dificuldades financeiras. Um evento maior está sendo planejado para o começo de março. A ideia é abrir o campus Leonel Brizola para a comunidade em geral no início das aulas deste ano letivo.
“Percebemos a necessidade de mobilizar a comunidade em um evento que não seja só para falar dos problemas da política, mas que tenha também a produção cultural da Uenf, que é muito grande”, disse Luciane Soares da Silva, conselheira da Aduenf.
Além dos professores e alunos da Uenf, também foram convidados representantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Instituto Federal Fluminense (IFF), que têm mantido boa relação com a instituição durante os problemas enfrentados. A expectativa dos organizadores é que cerca de 50 pessoas participem do encontro de hoje, marcado para começar às 18h. Até ontem (13), a página do evento no facebook já contava com 38 confirmados e mais de 60 interessados. A sede da Aduenf fica localizada na avenida Alberto Lamego, 2000, no parque Califórnia.
Entre as atrações, estão confirmados o Grupo de Práticas Musicais, comandado pelo professor Giovani Nascimento, a banda Ateh Maria, do professor Saboya, e os cantores Bento, Vânia Navarro e Alvaro Manhães. O palco estará aberto para outras manifestações artísticas e culturais, como recitação de poesias. “Na Uenf, temos muitos grupos de músicas, vários cantores, professores que tocam algo. É uma possibilidade de unir a arte com intervenções políticas e mobilização para discussão dessa situação da Uenf. Precisamos pensar a situação da universidade dentro da cidade”, enfatizou Luciane.
Desde o ano passado, a Aduenf vem organizando uma série de atividades de mobilização em prol da instituição, entre elas uma manifestação na sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Rio, para pressionar os deputados estaduais pelo envio das verbas de custeio que permitirão que a Uenf continue funcionando. Também foi feito um abaixo-assinado que contou com cerca de 14 mil assinaturas, tendo grande apoio da população campista e até de moradores de outros municípios. Outra ação bastante simbólica foi um abraço coletivo de dezenas de manifestantes na instituição, em agosto. Na ocasião, os alunos e professores formaram as letras SOS de mãos dadas, simbolizando um pedido de socorro.

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