Igreja recebe órgão da Alemanha
O órgão, formado por 1.326 tubos, com peso de três toneladas, será o primeiro da marca Steinmeyer no Brasil. De acordo com o padre Claudiomar, o contato entre as duas igrejas aconteceu por intermédio de um organista do Rio de Janeiro.
— O nosso amigo Sérgio Presgrave tem conhecimento na área de órgãos. E surgiu uma igreja na Alemanha que vai entrar em reforma e estava doando o seu órgão. Ela vai adquirir um mais novo, mais adaptável ao tamanho da construção. O que está vindo para cá era grande demais para a igreja original. Então, nunca foi usado em toda a sua potência. Os alemães são muito generosos com doações e quiseram mandar para o Brasil — contou.
O processo de envio para o país começou no início do segundo semestre do ano passado, com a desmontagem do instrumento, que foi dividido em dois contêineres, com peças distribuídas em 44 caixotes. Depois, ele foi colocado em um armazém de Hamburgo, na Alemanha, até o acerto dos documentos para a importação. No dia 28 de novembro, foi enviado para o Brasil e chegou ao porto do Rio de Janeiro no dia 24 de dezembro.
Cinco igrejas brasileiras se candidataram para receber o órgão. Entre elas, estavam a paróquia de Campos e uma de Petrópolis. Para a inscrição, foram enviados dados sobre a igreja e a disponibilidade para cumprir as exigências relacionadas ao instrumento. O órgão foi construído há 60 anos pelo organeiro Steinmeyer, que batizou a fábrica. Esta marca, atualmente, se dedica apenas à manutenção e não à fabricação.
Segundo Claudiomar, a empresa de organeria foi responsável pela construção de mil órgãos, incluindo os maiores da Europa (com mais de 15 mil tubos), e mais de seis mil harmônios. Para a paróquia, a chegada do órgão Steinmeyer é um presente.
— Primeiramente, agradecemos aos irmãos alemães pela generosidade. E será uma riqueza porque o órgão é o rei dos instrumentos, já dizia Mozarth. Ele é o instrumento que resume a orquestra inteira. Nós estamos acostumados a ver teclado, que é a gravação de um som. Já o órgão produz o som. Quando você o toca, aciona, pelas teclas, a caixa de ar. Ela leva para os sopradores e, deles, para os tubos. Cada um emite um som: clarinete, trompete, flauta. E os registros combinam os sons. Então, para nós, vai ser o embelezamento do culto a Deus — explicou o pároco.
Outro aspecto positivo do instrumento na paróquia, segundo Claudiomar, é o investimento na área cultural. Serão promovidos concertos e visitas guiadas para estudantes à igreja principal da Administração Apostólica São João Maria Vianney. Mas, antes destas atividades, será necessária a montagem do órgão, que dependerá de parceria e apoio da sociedade.
A intenção da paróquia é trazer o organeiro responsável por desmontar o instrumento na Alemanha. A previsão é de que o processo seja finalizado até o mês de dezembro, perto do Natal, devido, também, a obras da igreja que serão concluídas.
— Tudo isso exige um investimento, e a nossa comunidade sozinha não conseguiria fazer. Então, vamos partir em busca de apoios para poder fazer a grande obra, que será para todo o município e a região — adiantou o padre. Os interessados em colaborar podem doar qualquer valor para a conta da Paróquia do Imaculado Coração de Nossa Senhora do Rosário de Fátima (CNPJ 05.517.423/0002-88 / Banco do Brasil / Agência: 3127-5 / Conta Corrente: 81.386-9).