Histórico de rombos: Caprev, Prece e Previcampos
Alexandre Bastos 12/12/2016 23:59

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O blog "Opiniões", do jornalista Aluysio Abreu Barbosa mostra (aqui) que a prefeita Rosinha Garotinho (PR) cobra o apoio aos vereadores rosáceos para disponibilizar todos os bem imóveis do município, como Trianon, Teatro de Bolso, Cepop e a própria sede da Prefeitura, para pagar a dívida que ela deixará com os servidores. O rombo no Previcampos já teria passado de R$ 400 milhões.

Mas é bom lembrar que este é apenas mais um capítulo da polêmica relação dos rosáceos com o dinheiro sagrado dos servidores. Décadas antes do atual escândalo, os rosáceos conviveram com polêmicas na primeira passagem de Garotinho pela Prefeitura e também durante a gestão no governo estadual.

Caprev – Matéria publicada pela revista “Época” em 2010 (aqui) informa que, em seu primeiro mandato na Prefeitura de Campos, Anthony Garotinho criou a Caprev, Caixa de Assistência e Previdência de Campos. Para presidi-la, nomeou o amigo Jonas Lopes de Carvalho. Cada servidor sofria descontos de 8% a 11% por mês, dependendo da faixa salarial, para capitalizar o fundo. No fim do governo, os adversários descobriram que o caixa da Caprev estava vazio.  O ex-vereador Antônio Carlos Rangel lembra que, ocasião, apresentou ao plenário da Câmara de Campos um requerimento de informações sobre a Caprev. “Meu pedido foi rejeitado porque Garotinho tinha maioria”, diz.

Fundo dos servidores da Cedae – Em 2006, durante o último ano da gestão de Rosinha no governo do estado, a polêmica ficou por conta do Prece, fundo dos servidores da Cedae. Na ocasião, como mostrou matéria publicada pela Folha de S. Paulo, houve “suspeita de desvio de dinheiro do fundo para uso político no governo Rosinha e o TCE decidiu realizar uma inspeção extraordinária no Prece”. O tribunal teria indícios de que ao menos R$ 300 milhões poderiam ter sido desviados desde que Rosinha assumiu o governo, em 2003.

Eduardo Cunha ajudou a esconder "caixa preta" – O caso do fundo dos servidores da Cedae foi parar na CPI dos Correios e havia uma proposta para derrubar os sigilos. Mas segundo a matéria publicada na Folha de S. Paulo (aqui), Garotinho articulou com o então deputado Eduardo Cunha (PMDB) para derrubar a proposta que pretendia abrir a caixa preta do fundo.

Antes dos imóveis, tática para utilizar "crédito podre"– Em abril deste ano (aqui) o economista José Alves de Azevedo Neto, que já atuou como secretário do governo Rosinha, apontou uma “acrobacia”, com utilização de “crédito podre do Fundecam”, para amortizar a dívida da Prefeitura de Campos com o Previcampos.

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