Delação da Odebrecht: casal Garotinho com propina de R$ 9,5 milhões
Alexandre Bastos 10/12/2016 10:47

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A revista Veja traz em sua edição desta semana detalhes da delação de executivos da Odebrecht, que relataram à Procuradoria Geral da República (PGR) o pagamento de propina aos principais políticos do país.

O casal Garotinho está na lista e, segundo a delação, recebeu R$ 9,5 milhões em propina. Os valores teriam sido usados para reforçar o grupo em três eleições. Ainda de acordo com uma nota publicada na coluna Radar, Garotinho reclamava pessoalmente quando havia atraso. A propina, segundo a delação, era entregue no escritório de Garotinho, no Centro do Rio.

O diretor da Odebrecht Leandro Andrade Azevedo acusa a prefeita Rosinha Garotinho (PR) de elaborar duas licitações para a construção de casas populares em Campos do Goytacazes, cidade em que ela era prefeita, com especificações que só permitiram à Odebrecht vencer o certame. Mas como não há benesse grátis, a construtora desembolsou um total de R$ 9,5 milhões em contribuições oficiais e repasses de caixa 2 a campanhas de Garotinho e Rosinha, entre 2008 e 2014.  O delator diz que, em 2009 e em 2012, Rosinha lançou etapas do programa “Morar Feliz”.

“Diante deste cenário, os fatos me levam a crer que os referidos editais, relativos aos Programas “Morar Feliz I e II” foram lançados levando em consideração que a única empresa grande que teria condições e interesse de fazer a obra era a Odebrecht, o que seria a contrapartida aos pagamentos realizados a pretexto de doações de campanha feitos em 2008?. Azevedo se refere à corrida eleitoral em que Rosinha tonou-se prefeita de Campos pela primeira vez, em 2008. Na ocasião, segundo ele, a Odebrecht repassou R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo ao caixa 2 da campanha da senhora Garotinho.

O clã Garotinho apareceu nas planilhas da Odebrecht apreendidas na casa de Benedicto Junior, ex-presidente da Odebrecht (aqui).

O contrato da Odebrecht em Campos, para a construção de casas populares, é o maior da história do município e gira em torno de R$ 1 bilhão.

Fonte: Veja 

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