O secretário de Governo Anthony Garotinho (PR) foi preso por volta das 9h30 pela Polícia Federal (PF) em um apartamento no Flamengo, Rio de Janeiro. Trata-se de mais uma fase da operação Chequinho, que investiga o uso eleitoral do programa “Cheque Cidadão”. Quem pediu a prisão foi o Ministério Público Eleitoral (MPE), sendo que oito promotores de Justiça assinaram o pedido de prisão de Garotinho, segundo Paulo Cassiano. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira.
A filha de Garotinho, a deputada federal Clarissa Garotinho, deixou às pressas a reunião com o governador Luiz Fernando Pezão no Palácio Guanabara e a bancada federal do Rio sobre a crise financeira no Estado.
O ex-governador será trazido para Campos nas próximas horas. Duas viaturas da Polícia Militar já estão na frente da sede da Polícia Federal em Campos. O delegado Paulo Cassiano disse que imagina que haja aglomeração de pessoas na frente da sede e, por isso, solicitou o apoio da PM.
Tentou evitar – Na última semana, através do famoso advogado criminalista Fernando Fernandes, Garotinho buscou uma liminar para garantir que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse qualquer prisão provisória contra ele.
Defesa - O advogado Fernando Augusto Fernandes, que defende Garotinho, afirmou nesta quarta que o decreto de prisão "vem na sequência de uma série de prisões ilegais decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares do Superior Tribunal Eleitoral". Por meio de nota, a defesa diz ainda que a comarca é alvo de denúncia de abusos de maus-tratos a pessoas presas ilegalmente. Segundo o advogado, o ex-governador deu uma declaração quando os policiais chegaram na sua casa. "Engraçado, eu que ajudo os pobres estou sendo preso por conta de Cheque Cidadão, que ajudo direcionado a população carente. Aqueles que roubam de verdade na Lava Jato, a grande maioria está solta ainda aqui no Rio de Janeiro."
*Com informações da equipe de reportagem da Folha da Manhã.