'Pedaladas' com salários de servidores
Alexandre Bastos 15/11/2015 21:13

Matéria publicada neste domingo pelo jornal "O Globo" (aqui) mostra que, com a arrecadação em baixa por causa da crise econômica, estados e municípios lançaram mão de expediente nada convencional para reforçar o caixa: descontaram parcelas de crédito consignado dos servidores e não repassaram o dinheiro aos bancos. É mais um tipo de “pedalada fiscal” no país. Essa manobra, que engorda o caixa dos entes públicos, já foi parar na Justiça, como no Amapá. No Piauí, o governo reconhece atrasos nos repasses, mas alega razões operacionais.

O Estado do Rio e algumas prefeituras fluminenses também “pedalaram”. Ao ser procurado, o governo do estado reconheceu que “chegou a haver alguma postergação, mas desde fevereiro os pagamentos estão regulares”. Em dezembro de 2014, houve atraso de 30 dias no pagamento aos bancos. No estado, são 232 mil servidores ativos, e a estimativa oficial é que, destes, 140 mil têm empréstimos consignados.

Já o município de São João de Meriti assinou confissão de dívida perante a Caixa Econômica Federal e fez acordo de parcelamento que vem sendo regularmente pago, explicou. A Secretaria da Fazenda de Campos dos Goytacazes disse que os pagamentos atrasados teriam sido regularizados terça-feira passada. A situação financeira de estados e municípios neste ano é crítica, devido ao encolhimento dos fundos de participação e à recessão do país. Procurados, os principais bancos que atuam nesse segmento alegaram sigilo e não comentaram as “pedaladas” do consignado.

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