Em dia de operação do MPF, paciente desabafa: "me sinto um lixo"
Alexandre Bastos 20/04/2015 23:41
[caption id="attachment_32694" align="aligncenter" width="426"] Reprodução/Inter TV[/caption]   [caption id="attachment_32695" align="aligncenter" width="427"] Reprodução/Inter TV[/caption] [caption id="attachment_32696" align="aligncenter" width="390"] Foto: Danielle Macedo[/caption]

Enquanto os pacientes das propagandas falam em "Saúde nota 10" (aqui), os campistas que frequentam o mundo real têm opiniões bem diferentes. Nesta segunda-feira (20) o Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma operação para averiguar possíveis irregularidades na Saúde pública, em Campos. O primeiro local escolhido pelo MPF foi o hospital São José, na Baixada Campista, que está em obras desde 2011. Por lá, a equipe do MPF viu de perto o drama dos pacientes. Entrevistada pela Inter TV, uma senhora desabafou: "Me sinto um lixo".

De acordo com matéria publicada pela Folha (aqui), quando a equipe do MPF chegou ao hospital São José a farmácia estava fechada, o administrador da unidade não foi encontrado, a escala dos plantonistas não estava disponível e o livro de pontos sem as obrigatórias assinaturas.

Nada mudou - Há exatamente um ano, em abril de 2014, o blog replicou matéria da Folha da Manhã sobre o drama vivido pelos pacientes no Hospital São José. Relembre: aqui 

No distrito de Travessão a cena encontrada foi ainda pior. Na unidade de Saúde o MPF constatou a falta de médicos, farmácia fechada e pacientes sem atendimento. Além disso, materiais vinham sendo esterilizados em um banheiro e todo o lixo hospitalar da unidade é depositado na calçada.

Indagada sobre as deficiências, a Prefeitura de Campos informou que vai averiguar os motivos das ausências dos médicos. Sobre os problemas estruturais, alegou que as unidades estão em obras.

O MPF prometeu entregar um relatório à Procuradoria Geral da República, que poderá propor uma ação contra a Prefeitura de Campos.

Para ver a matéria exibida no RJ Inter TV 2ª  Edição, clique aqui

Médicos solicitaram visita do Ministério Público -Em fevereiro deste ano o Sindicato dos Médicos publicou (aqui) nota e informou sobre: "falta de material de consumo bem como de instrumental adequado para o atendimento a pacientes em várias especialidades,  "instalações físicas inadequadas, mal conservadas, comprometendo o atendimento a população" e afirmaram ainda que "a regulação de internações nos hospitais credenciados da rede não dão conta da lotação e demanda causando pletora no pronto socorro". Na ocasião, os médicos solicitaram que o "Ministério Público através dos seus representantes agendasse visitas aos pronto socorros dos hospitais para verificação em loco da situação de funcionamento dos mesmos".

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